Resumo

A população com doença de Parkinson (DP) convive com um distúrbio neurodegenerativo, crônico e progressivo que mesmo com uma terapia farmacológica ótima, não vê cessar o seu agravamento. A prática de atividades físicas (AF) é uma medida sustentável necessária para atingir os objetivos do seu tratamento, e atender as demandas atuais da saúde pública. O hábito de praticar atividade física é melhor abordada por meio de modelos teóricos da mudança do comportamento. O presente estudo objetivou analisar os fatores associados à prática de atividades físicas em parkinsonianos, utilizando o Modelo Transteorético e a Teoria Cognitivo-Social. A pesquisa foi de delineamento transversal do tipo descritivo correlacional. Participaram do estudo 65 indivíduos (de ambos os gêneros; com 66 l 9 anos de idade) diagnosticados com DP, vinculados aos serviços de saúde do município de Rio Claro e região ou à Associação Brasil-Parkinson situada na cidade de São Paulo. Foi utilizado um questionário composto por: dados pessoais, nível da gravidade da doença, estágios de mudança do comportamento, auto-eficácia, preferências em relação à prática de atividade física e barreiras percebidas. A interpretação dos resultados permitiu concluir que as variáveis da teoria cognitivo-social (auto-eficácia e percepção de barreiras) são potenciais mediadores da prática de AF em parkinsonianos. Além disso, eles já mantêm ou cogitam praticar AF regularmente; estão em média confiantes que podem superar algumas barreiras; percebem barreiras principalmente no domínio físico (bradicinesias, perda do equilíbrio, acinesias, rigidez muscular, ter uma doença, tremores, medo de cair), seguido pelo domínio da motivação (preguiça) e domínio ambiental (falta de companhia, clima ruim); seus tipos de AF preferidas são a caminhada...

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