Resumo

Evidências científicas reportam que indivíduos portadores de deficiência intelectual, tendem a apresentar níveis de adiposidade mais elevados e menores níveis de atividade física comparativamente a não portadores de deficiência intelectual. No entanto, em crianças e adolescentes em contexto escolar português, esta caracterização carece de aprofundamento. Pretende-se assim, com este estudo caracterizar o perfil de atividade física (AF) e composição corporal de crianças e adolescentes portadoras de deficiência intelectual. Participaram no estudo 73 crianças e adolescentes de ambos os sexos (36 rapazes e 37 rapazes), com idades compreendidas entre os 8 e os 17 anos portadoras de deficiência intelectual. Todos os participantes foram avaliados ao nível da composição corporal (peso, altura, pregas de adiposidade bicipital, tricipital, subescapular, abdominal e geminal), sendo posteriormente calculada a percentagem e massa gorda (%MG). Uma subamostra de 48 sujeitos, utilizaram pedómetros (Digi-walker CW – 700/701), durante dois dias úteis (um dia com aulas de Educação Física e um dia sem aulas de Educação Física). Constatou-se que 32% da amostra apresenta excesso de peso ou obesidade, em média o número de passos realizados foram de 5564.36 passos por dia. Os rapazes e os participantes classificados como normoponderais, apresentam em média valores significativamente superiores de AF (passos/dia), comparativamente as raparigas e aos participantes classificados com excesso de peso ou obesos respetivamente (p<0.05). Com base nestes resultados, torna-se evidente a necessidade de promover a AF (formal e informal) no meio escolar como forma de combater níveis de adiposidade elevados, bem como na melhoria na qualidade de vida.

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