Atividade Física e Fatores Associados em Adolescentes Estudantes de Uma Cidade de Pequeno Porte do Sul do Brasil
Por Patricia Quintana de Moura (Autor), César Augusto Häfele (Autor), Vitor Hafele (Autor), Marcelo Cozzensa da Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 28, n 4, 2020.
Resumo
O objetivo do estudo foi verificar o nível de atividade física e os fatores associados em adolescentes. Foi realizado um estudo transversal com 114 indivíduos (14 a 21 anos), estudantes do ensino médio, da cidade de Morro Redondo - RS. A atividade física foi mensurada pelo questionário de prática de atividade física para adolescentes (PAQ-A). Os resultados apontaram que na atividade física total, 55,7% dos adolescentes alcançaram as recomendações de atividade física (300 minutos por semana). Sujeitos que relataram percepção de saúde excelente apresentaram uma probabilidade 140% maior de praticar atividade física total quando comparados aos com percepção de saúde regular/ruim. Estudantes que já fumaram em algum momento da vida (RP=1,44; IC 95%= 1,06; 1,96) e aqueles que ingeriram mais de cinco doses de bebidas alcoólicas nos últimos 30 dias foram mais ativos que seus pares (RP=1,40; IC 95%= 1,01; 1,96). Na atividade física de lazer, 43,4% foram considerados ativos. Indivíduos de cor da pele não branca apresentaram 85% mais probabilidade de praticar atividade física no lazer (RP = 1,85; IC 95% = 1,26; 2,72), e a medida que melhora a percepção de saúde dos adolescentes, maior foi a chance de serem ativos. A atividade física mais praticada foi a caminhada como meio de transporte (57,9 %), seguida de andar de bicicleta (33,3%), correr (33,3 %) e jogar futebol (32,5%). Conclui-se que a prevalência de atividade física de lazer e total é semelhante à de estudos com adolescentes em diferentes cidades do país, e sua prática esteve associada a percepção de saúde positiva, ao consumo de bebidas alcóolicas e tabaco. A atividade mais realizada foi a caminhada como meio de transporte.