Resumo

A literatura tem apresentado os benefícios da prática de atividade física para diferentes populações. Nesse sentido, a área da atividade física e saúde vêm pesquisando novas temáticas como a saúde do trabalhador, tema que atualmente interessa-se pela saúde do trabalhador de serviços de saúde, entre os quais estão os Centros de atenção psicossocial. O objetivo desta dissertação foi apresentar tendências temporais de atividade física e fatores associados em trabalhadores de Centros de Atenção Psicossocial da região Sul do Brasil entre 2006 e 2011. Pesquisa epidemiológica, observacional, quantitativa, combinação de dois estudos transversais, parte do estudo “Avaliação dos Centros de Atenção Psicossocial da Região Sul do Brasil”. Foram coletadas variáveis de saúde física e distúrbios psiquiátricos menores através do Self-Report Questionnaire - SRQ-20. A atividade física foi medida através do International Physical Activity Questionnaire short form – IPAQ-curto. Participaram 435 trabalhadores de 30 unidades de Centros de atenção psicossocial em 2006 e 546 trabalhadores de 40 unidades em 2011. As prevalências de doenças crônicas não transmissíveis foram 20,7% em 2006 e 26,9% em 2011, de distúrbios psiquiátricos menores foram 11,0% e 8,4% e de atividade física (≥ 150 minutos semanais), 23,2% e 17,6%. Em relação ao sexo dos estudados, não houve diferença na atividade física de homens e mulheres. Em 2006, sujeitos com menor escolaridade (p=0,03) e menor renda (p=0,01) apresentaram maior nível de atividade física. Em 2011, trabalhadores de Centros de atenção psicossocial tipo III, localizados em municípios de grande porte, apresentaram maior nível de atividade física (p=0,02). São necessárias intervenções promotoras de atividade física nesta população, principalmente em trabalhadores de Centros de atenção psicossocial tipo I e residentes em municípios de pequeno porte. Palavras-chave: Atividade motora. Serviços de saúde. Serviços de saúde mental. Saúde mental. Saúde do trabalhador

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