Resumo

A gravidez, pelas mudanças que acarreta no organismo da mulher, é acompanhada de muitos questionamentos a respeito da prática de atividades fisicns. Alguns estudos sugerem que nilo há evidência de que o exercício cause algum efeito negativo significativo no bem-estar do feto (Clapp, 1990). Programas de exerclcios durante a gravidez, segundo muitos autores, podem ajudar a mãe a controlar o incremento da adiposidade, o risco de diabetes gestaciona~ ajudar na prevenção das varizes, pressão arterial, postura e força muscular. Além disso, alguns hábitos das mães têm sido estudados, com objetivo de investigar os posslveis efeitos deletérios sobre o bebê, entre eles o fumo. Este trabalho teve como objetivo verificar se existe influência do fumo e da atividade fisica no lndice de prematuridade e/ou deficiência ponderai em bebês nascidos no Hospital Regional de São José (HRSJ), na Grande Florianópolis/SC. A amosta foi composta por 230 puerpérias com idades entre 18 e 38 anos. Utilizou-se wn questionário dividido em três partes: dados pessoais; informações relativas à gestação (hábitos pessoais, métodos anticoncepcionais}, e ao parto e ao bebê. Os dados foram analisados através do SAS (Statistical analyses sustem). Foram utilizados os seguintes procedimentos: ANOVA e Qui-quadrado. Os resultados indicaram que: (a) 50% e 42% das mulheres pertencem as classes C e D, respectivamente, revelando uma condição sócio-econômi.~ inferior ao da população brasileira (ABA/ABIPEME); (b) 7% das mulheres trabalham fora de casa; (c) 47% não utilLZBvnm nenhwn método contraceptivo; (d) 20% relataram aborto em gravidez passada; (e) 81% realizaram exames pré-natal. Com relação ao fumo, foram encontrados dados semelhantes aos da população brasileira, mostrando que 29,5% das mu~eres são fumantes e que somente 2% parou de fumar quando souberam que estavam grávidas: A ?tividade fisica ma~s reahzada pelas gestantes (51% eram ativas), foi a caminhada (85%) e o ganho ponderai méd1o f~~ de. 12,9Kg. O índice geral de prematuridade foi de 7,4% e está dentro dos padrões internacionais. Tiveram defic1encm ponderai somente 2% dos recém nascidos, índice bem inferior aos parâmetros internacionais.

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