Resumo

O acidente vascular cerebral (A VC) continua sendo uma das grandes preocupações da atualidade, tendo em vista ser a terceira maior causa de morte por doença no mundo, depois das doenças cardíacas e do câncer. Muitos pesquisas e ações vêm sendo desenvolvidas em quase todo o mundo, para a conscientização da população na busca de um estilo de vida mais saudável, no intuito de prevenir e controlar os fatores de riscos que possam levar ao desenvolvimento de um A VC. Contudo, a não ser o tratamento convencional, realizado pelos profissionais da fisioterapia, os esforços têm-se concentrado, na maioria das vezes, na prevenção da doença, deixando a desejar quando se trata de buscar alternativas na melhoria da qualidade de vida geral de pessoas que já foram acometidas por esta patologia. Neste estudo, buscamos demonstrar que um programa de atividade física e recreativa regular pode propiciar ao indivíduo que sofreu um A VC um novo sentido para sua vida, demonstrando de forma concreta que, apesar das limitações impostas pela deficiência, muitas são, ainda, as potencialidades a serem desenvolvidas. O trabalho envolveu 18 pessoas com seqüelas de A VCI, nas quais realizamos uma avaliação da qualidade geral de vida, estado de depressão e ansiedade. Posteriormente, os mesmos foram submetidos a um programa de atividade física regular,durante seis meses, realizando atividades na água, com cavalo e caminhadas. Após o término do programa, foram reaplicados os instrumentos utilizados inicialmente e comparados estatisticamente os dados obtidos. De acordo com os objetivos propostos pelo estudo, pudemos verificar que o programa de atividade física possibilitou significativa melhora em todos os aspectos avaliados, ou seja, minimização do processo de depressão, diminuição acentuada na ansiedade ESTADO e melhoria na qualidade geral de vida. Assim, podemos afirmar que um programa de atividade física regular desenvolvido e comprometido com a alegria, prazer e interesses e compatível com as limitações e potencialidades dessas pessoas, pode não só trazer benefícios fisiológicos no sentido de prevenir uma nova recidiva de acidente vascular cerebral, como também influenciar de forma benéfica no seu aspecto emocional, proporcionando-lhes maior autoconfiança, autonomia e independência 

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