Atividade Física e Saúde Mental em Adolescentes Brasileiros Escolarizados: Uma Revisão Sistemática
Por Vanessa Teixeira da Solidade (Autor), Victor Matheus Santos do Nascimento (Autor), Davi Pereira Monte Oliveira (Autor), Michele Caroline de Souza Ribas (Autor), Ricardo Aurélio Carvalho Sampaio (Autor), Roberto Jerônimo dos Santos Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 23, 2021.
Resumo
Objetivou-se identificar a evidência quanto às associações entre atividade física (AF) e saúde mental (SM) em adolescentes escolarizados brasileiros. Trata-se de um estudo de Revisão Sistemática. Os estudos foram selecionados em português e inglês e identificados por meio de uma busca sistemática em seis bases de dados eletrônicas: PubMed, Web of Science, SPORTDiscus/Ebsco, ScIELO, ERIC, e LILACS, que compreendeu publicações até o final de 2019. Os critérios de inclusão foram: estudos com um desenho de coorte, descritivo de caráter exploratório, transversal, ou qualitativos; realizados com crianças e adolescentes; estudos que analisaram a relação entre AF e SM; estudos que investigaram adolescentes que praticavam AF nas escolas; estudos realizados no Brasil e os que obtiveram a pontuação mínima estabelecida de 60% conforme os critérios da qualidade metodológica do instrumento STROBE. A Educação Física oferecida no currículo da educação básica tem um efeito protetor sobre a SM no ambiente escolar. Além disso, mais de 300 min/semana de AF foi associado positivamente com a SM. Algumas associações foram negativas entre a AF e a SM, tais como: tempo excessivo de TV; isolamento social; insatisfação com o peso corporal. A AF escolar está associada positivamente à SM por promover bem-estar físico e psicológico, impactando na redução dos índices de problema de insônia, atenuando a solidão e melhorando a aparência física.