Atividade Física em Mulheres de Baixa Renda na Atenção Primaria
Por Marcius de Almeida Gomes (Autor), Maria de Fátima da Silva Duarte (Autor), Jacemile da Silva Pereira (Autor), Rosane Carla Rosendo da Silva (Autor), Geiza Pimentel Pinto (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 15, n 4, 2010.
Resumo
As marcantes diferenças econômicas, sociais e culturais identifi cadas por todo mun-do são fatores limitantes, complexos e desafi adores na saúde pública, nas estratégiasde mudança de comportamento. A oportunidade de acesso e as condições de escolhapara uma vida saudável, a exemplo da possibilidade do indivíduo se tornar ativo fi si-camente, são restritas a determinados grupos. A partir de um estudo transversal comadultas entre 20 e 65 anos, este estudo teve como objetivo identifi car as prevalênciasdos estágios de mudança de comportamento para atividade física (EMCAF), e a associa-ção dos comportamentos inativo (pré-contemplação e contemplação) e irregularmen-te ativo (preparação) com variáveis sócio-demográfi cas e de saúde em 467 mulheresde baixa renda. Baixa renda familiarper capitamenor ou igual a quatrocentos reais foio parâmetro a ser considerado, na cidade de Guanambi, Bahia, Brasil, 2007. Do total daamostra a maioria das mulheres era jovem, com idade entre 20 a 35 anos (50,96%), ca-sadas (49,0%), com baixa escolaridade (52,24%), eutrófi ca (58,42%) e inativa fi sicamenteno lazer (58,88%). As prevalências dos EMCAF encontradas foram as seguintes: 37,3%no estágio de pré-contemplação, 24,0% no de contemplação, 19,7% no de preparação,8,1% no de ação e 10,9% no de manutenção. O comportamento inativo (61,3%) esteveassociado às mulheres com idades elevadas, com baixa escolaridade, eutrófi cas e ina-tivas no lazer