Atividade física em pessoas vivendo com hiv: Frequência e Correlatos
Por Kauana Borges Marchini (Autor), Pollyana Mayara Nunhes (Autor), Cristiane Schultz (Autor), Lucas Fuverky Hey (Autor), Mariana Ardengue (Autor), Sarah Alvez Gazeloto Bieli (Autor), Michele Caroline de Costa Trindade (Autor), Ademar Avelar (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
: Pessoas com HIV (PVH) apresentam baixo nível de atividade física (NAF). Identificar os possíveis determinantes desse comportamento pode ajudar na elaboração de estratégias de intervenção para melhorar a saúde dessa população, uma vez que a atividade física tem sido uma estratégia eficaz para atenuar os efeitos adversos do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e da terapia antirretroviral (TARV), que é o principal tratamento para esta infecção que ainda não tem cura. OBJETIVO: Estimar a frequência de atividade física bem como analisar a associação e correlatos da AF em PVH. MÉTODOS: A amostra foi composta por 111 indivíduos, de ambos os sexos, com idade ≥ 18 anos clinicamente diagnosticados com HIV. Dados clínicos foram coletados no prontuário dos pacientes. O NAF foi avaliado por meio do questionário desenvolvido por Baecke e colaboradores. Para avaliação de sintomas de ansiedade e depressão foi aplicada a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. A escala internacional de demência em HIV foi utilizada para avaliar a função cognitiva. A força de preensão manual foi mensurada por meio do dinamômetro digital (Saehan SH1001), e para avaliação da flexibilidade foi utilizado o teste de sentar-e-alcançar. De acordo com a distribuição dos dados, os testes de Pearson ou Spearman foram utilizados para correlacionar as variáveis numéricas, e o teste de qui-quadrado para as variáveis nominais. A regressão linear foi utilizada para analisar os correlatos. RESULTADOS: Os resultados apontaram uma frequência de baixo NAF, apenas 32% da amostra foi considerada suficientemente ativa, representando cerca de 38% dos homens e apenas 15% das mulheres. Foram encontradas associações entre NAF e: sexo (β= -0,374; P= 0,040), flexibilidade (β=0,016; P=0,034) e sintomas de ansiedade (β=- ,046; P=0,016). CONCLUSÃO: Conclui-se que 68% dos sujeitos avaliados são considerados insuficientemente ativos. Há mais homens classificados como ativos quando comparado às mulheres. A ansiedade, flexibilidade e o sexo mostraram-se correlatos da atividade física habitual.