Resumo

Apesar dos avanços no tratamento de diálise terem aumentado a sobrevida de doentes, tais procedimentos, isoladamente, não garantem a preservação da qualidade de vida. Na população em geral, trabalhos epidemiológicos têm identificado vários fatores, demográficos, étnicos, econômicos, entre outros, associados com o nível de atividade física, que cuidadosamente levam a designar programas de intervenção ao público de risco elevado e melhorar a sobrevida da população. No doente renal crônico em hemodiálise os estudos que indicam o nível de atividade física habitual, são escassos e trazem resultados de populações norte-americanas e europeias, não condizentes, portanto, com a realidade de país em desenvolvimento. O objetivo do estudo foi explorar a interação de indicadores de saúde e barreiras associados ao nível habitual de atividade física de pacientes em hemodiálise. A casuística foi composta trinta e cinco pacientes de dois Centro de Hemodiálise, com idade superior a 18 anos e a mais de três meses em tratamento, que após apresentação do projeto se disponibilizaram a participar do estudo. Uma anamnese com questões sócio-demográficas foi aplicada, e nos prontuários clínicos buscou-se os exames bioquímicos, peso seco, tempo em hemodiálise e doença primária. Um inquérito de comorbidades, barreiras pessoais para prática de atividade física e qualidade de vida (SF-36) também foram aplicados. Para análise da atividade física habitual, foi utilizado um sensor de movimento tipo acelerômetro marca Actigraph-GT3X, com o qual os avaliados permaneceram por seis dias completos.

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