Resumo

O objetivo central deste estudo foi investigar a associação entre atividade física habitual e percepção da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em mulheres portadoras de doença vascular periférica (DVP). A amostra foi constituída por 91 voluntárias, idades entre 40 e 64 anos, registros de internação (1995-2001) por DVP no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Os dados coletados através de entrevista contendo informações sócio-demográficas, atividade física habitual (IPAQ-8) e QVRS (questionário SF-36). Para análise utilizouse o programa SPSS-9.0. Dentre os resultados, destacamse: maior proporção de casadas (68%), com escolaridade baixa (em média cinco anos) e do nível socioeconômico “C” (54%). Cerca de 75% classificadas como fisicamente ativas. Entretanto, 68,1% não relataram qualquer atividade física no lazer. Um nível positivo de QVRS foi apresentado por sete em cada 10 mulheres. Associações significativas, através da análise de regressão logística binária, foram obtidas entre o nível de atividade física habitual e o nível de QVRS (p<0,05). Observou-se que as mulheres insuficientemente ativas comparadas às fisicamente ativas apresentaram uma menor chance para um nível positivo de QVRS (Odds Ratio=0,07). Estratégias desde intervenção para o aumento do nível de atividade física devem ser incentivadas, sobretudo no lazer, visando melhorias a QVRS. PALAVRAS-CHAVE: atividade física, qualidade de vida, doença vascular periférica.