Resumo

O objetivo deste trabalho foi investigar a influência do exercício físico crônico sobre o
metabolismo das proteínas em organismos com deficiência de insulina, utilizando o modelo do “Diabetes
Mellitus” experimental em ratos. Foram utilizados ratos machos adultos Wistar, distribuídos em Controle
Sedentário (CS), Controle Treinado (CT), Diabético Sedentário (DS) e Diabético Treinado (DT). O diabetes
foi induzido por aloxana (30 mg/kg p.c.-i.v.). O treinamento consistiu de natação com sobrecarga equivalente
a 2% do peso corporal, a 32 ± 1 oC, 1h/dia, cinco dias/semana, durante quatro semanas. Ao final do
experimento, os ratos foram sacrificados por decapitação com coleta de sangue para dosagem de glicose,
insulina e hormônio do crescimento (GH) e tecidos para análise de glicogênio, proteínas totais e DNA. O
diabetes induziu diminuição nos níveis circulantes de GH (CS = 2,5 ± 0,3; DS = 1,2 ± 0,1 ng/ml), nas reservas
de glicogênio hepático (CS = 7,4 ± 0,4; DS = 4,4 ± 2,6 mg%) e muscular (CS = 0,57 ± 0,03; DS = 0,63 ± 0,01
mg%), no teor de proteínas (CS = 7,16 ± 1,23; DS = 6,65 ± 1,0 mg%) e na razão proteína/DNA (CS = 11,36 ±
2,3; CT = 11,98 ± 2,8; DS = 8,64 ± 1,9; DT = 9,85 ± 2,0) do músculo gastrocnêmio. O treinamento reduziu a
hiperglicemia (DS = 413 ± 7; DT = 394 ± 20), manteve a hipoinsulinemia (DS = 9,2 ± 3,9; DT = 11,0 ± 4,0),
e restaurou os teores de proteínas no músculo gastrocnêmio dos diabéticos (CT = 8,70 ± 1,15; DT = 8,47 ±
1,39 mg%). Portanto, o treinamento físico melhora a glicemia e restabelece as concentrações de proteínas no
músculo gastrocnêmio de ratos diabéticos.

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