Atividade Física e Níveis de Fadiga em Pacientes Portadores de Câncer
Por Claudio Battaglini (Autor), Martim Bottaro (Autor), Justin S. Campbell (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 10, n 2, 2004. Da página 98 a 104
Resumo
OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo relacionar as adaptações fisiológicas proporcionadas pela atividade física e os níveis de fadiga em pacientes portadores de câncer. MATERIAL E MÉTODOS: Vinte e sete pacientes (56,7 ± 14,8 anos) diagnosticados com câncer e que participavam de tratamento de quimioterapia, de radiação ou de uma combinação desses dois tipos de tratamentos foram os voluntários neste projeto. Todos os pacientes participaram de duas avaliações físicas: uma antes do início do programa de exercícios físicos e outra seis meses após. Nos dias das avaliações físicas, os pacientes responderam ao questionário de escala de fadiga de Piper et al. (1989). Todas as variáveis independentes (adaptações fisiológicas) foram padronizadas (escores Z). De acordo com o modelo de regressão linear múltipla, todas as variáveis independentes foram inseridas no modelo simultaneamente. RESULTADOS: Os resultados não demonstraram relação significativa (p < 0,01) na variação da redução de fadiga (r2 = 0,102). Após o resultado não significativo da análise de regressão linear múltipla, os resultados das correlações simples também não demonstraram resultados significativos. CONCLUSÃO: Apesar de a melhora na aptidão física dos pacientes com câncer não ter apresentado correlação significativa com a redução da fadiga, a relação entre a melhora do condicionamento físico geral em pacientes com câncer mostrou um padrão positivo e linear.