Resumo

Introdução

Embora cada vez mais esforços tenham sido dedicados à promoção de um estilo de vida saudável, como atividade física de lazer para a saúde cardiometabólica, as evidências específicas de apoio à política de saúde permanecem escassas, particularmente nas populações etnicamente diversas onde as doenças cardiometabólicas estão atingindo proporção epidêmica são muito pouco estudados.

Métodos e Resultados
Realizamos uma análise transversal dos dados de base de 10.585 participantes com idades entre 35 e 74 anos livres de doenças cardiovasculares no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto Brasileiro. O estado de atividade física no lazer foi definido pelas recomendações da American Heart Association e da Organização Mundial da Saúde (≥150 min / semana atividades moderadas ou 75 min / semana atividades vigorosas). No total, 1.183 (21%) mulheres e 1.387 (29%) homens eram ativos. Depois de contabilizar as covariáveis, os efeitos favoráveis ​​da atividade física de lazer sobre os parâmetros cardio-metabólicos foram evidentes. Especificamente, a pressão arterial média, a frequência cardíaca e a Pontuação de Risco de Framingham para doenças cardiovasculares dos ativos foram significativamente menores em cada sexo. Os ORs comparando mulheres ativas e inativas foram 0,78 (IC 95%: 0,66-0,92) para hipertensão e 0,78 (IC 95%: 0,65-0,93) para doenças cardiovasculares em 10 anos. Entre os homens, as ORs foram 0,75 (IC 95%: 0,65-0,87) para hipertensão e 0,73 (IC 95%: 0,61-0,87) para diabetes. O risco de doenças cardiovasculares em 10 anos foi significativamente menor entre os homens ativos, com uma redução de 33% (OR = 0,67, IC 95%: 0,57–0,78).

Conclusões
Observamos efeitos benéficos da atividade física de lazer na saúde cardiometabólica nessa grande população brasileira, que são consistentes com estudos na América do Norte e na Europa.

Acessar