Resumo

OBJETIVO: Apesar da crescente evidência dos benefícios do exercício físico para a cognição, existem controvérsias a respeito da prática de atividade física sistematizada em pacientes com doença de Alzheimer. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi o de realizar uma revisão sistemática dos estudos que analisaram o efeito da atividade física sistematizada no desempenho cognitivo em idosos com doença de Alzheimer.

MÉTODO: Efetuou-se uma pesquisa na PsycINFO, Biological Abstracts, Medline, Web of Science, Physical Education Index e SPORTDiscus, no período de 1990 a 2008, utilizando-se as seguintes palavras-chave: "physical activity", "physical therapy", "exercise", "fitness", "aerobic", "strength", "intervention", "cognition", "cognitive performance", "Alzheimer’s disease", "Alzheimer’s dementia", "Alzheimer", além de referências cruzadas dos artigos selecionados.

RESULTADOS: Foram encontrados oito estudos que preencheram os critérios de inclusão adotados para o presente trabalho. Estes estudos mostraram que a atividade física sistematizada contribuiu para melhorar pelo menos temporariamente as funções cognitivas em paciente com doença de Alzheimer, particularmente, atenção, funções executivas e linguagem.

CONCLUSÃO: Não foi possível estabelecer um protocolo de recomendações a respeito do tipo e intensidade da atividade física sistematizada necessária para produzir benefícios no funcionamento cognitivo. No entanto, a prática regular de atividade física sistematizada parece contribuir para a preservação ou mesmo melhora das funções cognitivas em pacientes com doença de Alzheimer.

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