Resumo

O Objetivo deste estudo foi o de avaliar a atividade eletromiográfica do tensor da fáscia lata (TFL) e do glúteo médio (GM) no exercício de abdução da cadeira abdutora em três diferentes graus de flexão do quadril. Para tanto, foram recrutados sujeitos jovens ativos, sem qualquer problema cardiovascular, musculoesquelético ou neurológicos, bem como dor em articulações que pudessem impedir a realização dos testes e dos exercícios de maneira adequada. Os sujeitos realizaram uma sessão de familiarização nos exercícios a serem testados, no mesmo dia foram realizados testes preditivos para determinar a força máxima nos exercícios de cadeira abdutora com o quadril flexionado a 45º, 90º e a 135º. Dois dias depois os sujeitos realizaram os exercícios com 3 repetições, com 60% de uma repetição máxima estimada, com cadência controlada, para avaliar a atividade eletromiográfica do GM e do TFL. Os resultados foram processados estatisticamente no software Graphpad prism 6, utilizando o teste ANOVA one way, e o pós teste de Tukey, com p-valor ≤ 0,05. Os resultados revelaram que em relação ao pico de ativação normalizada a posição de 90º apresentou valores significativamente maiores comparado à posição de 135º na atividade do GM (p < 0,05), porém sem diferença entre a posição de 45º e 135º e 45º e 90º. Para o TFL a fase o pico de ativação na fase concêntrica foi maior para as posições de 45º e 90º comparado à posição de 135º (p < 0,00001), porém sem diferença entre as posições de 45º e 135º. Na fase excêntrica não foi observado diferenças na atividade do GM entre os exercícios. Para o TFL   na fase excêntrica as posições de 45º e 90º apresentaram diferenças significativas no pico de ativação em relação à posição de 135º (0,001), porém sem diferença entre 45º e 90º. Com relação à média de ativação eletromiográfica para o GM não ocorreu diferença entre todos os exercícios na fase concêntrica, bem como na fase excêntrica. Para o TFL a posição 45º demonstrou resultados superiores em relação à posição de 135º (p < 0,00001), bem como a posição 45º(p <0, 0001), mas sem diferença entre 45º e 135º, enquanto a fase excêntrica não apresentou diferenças significativas entre as posições para a média de ativação no TFL. A comparação entre a atividade eletromiográfica entre TFL e GM no teste de CIVM, mostrou que o TFL apresentou maiores níveis de ativação comparado ao GM (p < 0,0001). Os resultados deste trabalho revelam a atividade média do GM é semelhante nos movimentos de abdução do quadril na cadeira abdutora com o quadril flexionado em 45º, 90º e 135º, ocorrendo diferença apenas no pico de atividade entre 90º e 135º, enquanto para o TFL a menor atividade se deu na posição de 135º, sem diferenças para 45º e 90º de flexão do quadril para a média de atividade na fase concêntrica e para pico de ativação muscular.

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