Resumo

As argumentações que abordam questões referentes ao meio ambiente, à natureza e às atividades de aventura vem consolidando-se em diferentes âmbitos nos últimos anos, até mesmo na Educação Física. Sendo assim, faz-se necessário promover discussões e reflexões para que haja, crescentemente, a inserção destas atividades em aulas escolares. A utilização das atividades de aventura na escola, conforme evidenciam Rodrigues e Darido (2006), caracteriza-se como uma proposta pedagógica a ser trabalhada dentro do tema transversal “Meio Ambiente”, o qual manifesta numerosas possibilidades de debates e vivências durante o desenvolvimento das aulas. Entretanto, há entraves para tal implementação, sendo alguns deles, inexperiência dos professores com a modalidade, ausência de materiais necessários para prática e predominância de determinados conteúdos conhecidos como “quarteto fantástico” (futebol, voleibol, basquetebol e handebol). Além do que, os docentes têm preferência a ministrar unicamente os conteúdos que possuem maior domínio, o que torna as aulas de Educação Física reduzidas, muitas vezes, aos esportes coletivos, desfavorecendo os demais segmentos pertinentes da cultura corporal de movimento. Para que haja mudança deste cenário, é indispensável a superação de barreiras atribuídas ao longo da história, como a tradição das práticas esportivas, a qual é uma das mais expressivas. Além disso, as atividades de aventura têm muitas potencialidades e vantagens, como a vivência de práticas que envolvem desafios e superação de limites, autonomia e controle de situações, o desfrutar da natureza, entre outros. Nesta perspectiva, é crucial ações educacionais que propiciem sua inserção durante as aulas.

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