Atividades Físicas, Dados Vitais e Dosagens Bioquímicas no Acompanhamento da Reabilitação Pós Avc, 2016: Uma Experiência em Joinville/sc
Por Eriberto Fleischmann (Autor), Artur Alfredo Schemmer (Autor), Patricia Esther Fendrich Magri (Autor), Valério Koerber Junior (Autor), Gabriela de Souza (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC), ou acidente vascular encefálico (AVE), também conhecido como derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento pela interrupção da irrigação sanguínea das estruturas do encéfalo ou rompimento fazendo com que o sangue que sustenta o cérebro com oxigênio e glicose, transportados pelos vasos sanguíneos cerebrais, deixem de atingir a região, ocasionando a perda da funcionalidade dos neurônios. Objetivo: Este trabalho pretende demonstrar uma metodologia para acompanhar o trabalho de recuperação pós-AVC e verificar as possíveis alterações nos parâmetros de qualidade geral de vida, através dos sinais vitais e dosagens bioquímicas desses indivíduos, após a realização de um programa regular de atividades físicas e recreativas. Materiais e Métodos: Foram realizados diálogos com o objetivo de conscientizar e estipular estratégias preventivas. Para a análise antropométrica foram coletados idade, peso (kg), estatura(m), índice de massa corporal (IMC), relação cintura quadril (RCQ) do estado nutricional do indivíduo pesquisado. Foi mensurado o batimento cardíaco em repouso (FCrep) e esforço (FCmáx) com a utilização de um frequencímetro Polar. Um medidor de pressão arterial digital, foi utilizado para coletar a pressão diastólica e sistólica. A FC foi utilizada como acompanhamento nas corridas de pedestres e as dosagens bioquímicas foram realizadas duas vezes durante o ano de 2016. Resultados: O paciente pesquisado, apresentou o IMC e a RCQ acima do ideal, porém não foi identificada uma variação significativa ao longo do ano. A idade apresentou uma média de 58,3±0,02, peso 94,1±0,7(kg), estatura 1,90±0,0(m), o IMC 26,1±0,2 e a RCQ 1,02±0,11. A média da FCrep foi de 52,1±2,3 e esforço (FCmáx) 128,3±3,1. A média da pressão diastólica foi de 76,7±2,9 e sistólica 130,0±2,7. Durante as corridas, foi registrado FCMáx de 181bpm, em setembro de 2016. Nas outras participações, a média foi de 150 a 158 bpm. Nas dosagens bioquímicas, a glicose diminuiu a um índice mais adequado, de 99mg/dl para 81mg/dl, porém o colesterol HDL ficou em 51,6mg/dl, quando a expectativa era chegar mais próximo dos 60mg/dl. Conclusão: A metodologia utilizada foi adequada para o acompanhamento e é possível aumentar os parâmetros físicos e bioquímicos. Após o trabalho realizado, o paciente pesquisado relatou melhora nas condições físicas, emocionais, motivacionais, sociais e aumento da independência nas atividades cotidianas.