Atividades Físicas Para Crianças Portadoras de Paralisia Cerebra
Por Lionela da Silva Corrêa (Autor), Ana Paula Santana Riker (Autor), Eva Vilma Alves da Silva (Autor), Flora de Sena Seixas (Autor), Graziela Dutra Caleffi (Autor), Helenkássya Gonçalves de Araujo (Autor), Kathya Lopes (Autor), Keila Mariano (Autor), Kim Raone Martins e Silva (Autor), Rosângela Santos da Silva (Autor), Rosemar Almeida (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Paralisia Cerebral (PC) resulta de uma lesão ou mal desenvolvimento do cérebro, de
caráter não progressivo. Pode ocorrer durante o período pré, peri ou pós-natal. Na
maioria dos casos, a lesão acontece por falta de oxigenação das células cerebrais.
Dependendo de onde ocorre a lesão e da quantidade de células atingidas, diferentes
partes do corpo podem ser afetadas, alterando o tônus muscular, a postura e
provocando dificuldades funcionais nos movimentos, no equilíbrio, na fala, na visão,
na audição, na expressão facial e em casos mais graves pode haver comprometimento
mental (BOBATH, 1989). Este relato apresenta a experiência desenvolvida na prática
pedagógica da educação física com crianças de dois a seis anos com paralisia cerebral
em no Programa de Atividades Motora para Deficiente, o PROAMDE, da
Universidade Federal do Amazonas. Tivemos como objetivos desenvolver as
habilidades motoras dos alunos, através do potencial que o mesmo possui, respeitando
suas limitações. Além de oportunizar relações afetivas e sociais. As atividades
desenvolvidas com as crianças foram de habilidades motoras fundamentais:
locomoção, manipulação e estabilização (equilíbrio).As habilidades eram trabalhadas
de acordo com a possibilidade de cada aluno, ou seja, as atividades possuíam o
mesmo objetivo, mas o grau de dificuldade variava de acordo com cada caso. Por
exemplo, nas atividades de locomoção enquanto alguns se arrastavam, outros
andavam com apoio e outros sem apoio. Outro fator importante é que as atividades
foram realizadas com a participação dos pais. O que se observou é que no decorrer
das aulas alguns alunos foram perdendo o medo em realizar certas atividades como,
por exemplo, atividades de equilíbrio e aos poucos foram ganhando mais
independência e melhorando o seu desempenho nas aulas. Além de melhoras em
suas habilidades motoras, também houve uma melhor interação social do grupo.
Desse modo as atividades físicas mostraram ser fundamentais para o desenvolvimento
motor, cognitivo e afetivo da criança.