Resumo

Este estudo objetivou associar as atividades vivenciadas no lazer com a percepção de qualidade de vida de 141 idosos de um programa de extensão universitária em Florianópolis, Brasil. Utilizaram-se como instrumentos de coleta de dados um questionário de vivências no lazer e os questionários de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD). Os dados foram analisados com a utilização do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 17.0. Aplicou-se a estatística descritiva e o coeficiente de correlação de Spearman (ρ), com nível de significância de 5%. Os idosos apresentaram média de idade de 69,81±6,32 anos, sendo a maioria do sexo feminino (80,14%). A percepção de qualidade de vida foi considerada boa, pois todos os domínios (WHOQOL-BREF) e facetas (WHOQOL-OLD) de avaliação apresentaram médias superiores a 60. Os domínios qualidade de vida global (74,47+15,15) e relações sociais (73,70+16,10) apresentaram as médias mais elevadas do WHOQOL-BREF, enquanto as facetas participação social (73,01+14,74) e funcionamento dos sentidos (72,96+17,61) atingiram as maiores médias do WHOQOL-OLD. Todas as facetas e domínios da qualidade de vida, excetuando-se a faceta morte e morrer, apresentaram correlações estatisticamente significativas, variando de fracas a moderadas, com as atividades artísticas, manuais, físicas, intelectuais, sociais e turísticas do lazer. O menor coeficiente de correlação encontrado foi ρ=0,17; e o maior ρ=0,39. Apenas as atividades virtuais não apresentaram associação com a qualidade de vida. Conclui-se que a maior participação em diferentes atividades no lazer está associada com a boa percepção de qualidade de vida dos idosos investigados.

Acessar