Atleta, sim, e mãe também: os discursos que atravessam a prática do karatê e a maternidade
Por Ester Liberato Pereira (Autor), Alex Sander Freitas (Autor), Andréia Luciana Ribeiro de Freitas (Autor).
Resumo
As artes marciais, praticadas pelas mulheres, no Brasil, foram controladas desde a década de 1940. O Decreto-Lei n° 3199/41, proibia a participação oficial de mulheres em determinadas práticas consideradas inapropriadas e prejudiciais à natureza de seu sexo, e que incluía as lutas de qualquer natureza. Tal fato, impôs as inserções tardias das mulheres na prática do Karatê. Objetivos: A presente pesquisa, buscou identificar que discursos emergem e atravessam, a prática do karatê feminino, bem como, o impacto da maternidade sobre a permanecia no esporte. Metodologia: Utilizamos a história oral temática para recolha das narrativas das atletas feminina do karatê montes-clarense. Para análise das fontes orais, aplicamos a Análise do discurso, buscando identificar a condição de produção, seus interdiscursos e o contexto do discurso, que permeiam a prática do karatê. Resultados e discussão: A trajetória esportiva das karatecas montes-clarenses, foram impactadas pela ocorrência da maternidade que, resultou no abandono ou prejuízo no desenvolvimento da carreira esportiva. Considerações Finais: Para as mulheres, a prática de artes marciais, continuam sendo atravessadas por discursos baseados no determinismo biológicos e nos papeis sociais determinados para as mulheres ligados a um ideal social de ser feminina e ser mãe.
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