Atletas de voleibol de elite: análise das assimetrias pelo padrão do functional movement screen
Por Gabriel Duarte da Silva (Autor), Guilherme Pereira Berriel (Autor), Guilherme Droescher de Vargas (Autor), Ananda Silveira Cardoso (Autor), Lucas Moraes Klein (Autor), Rochelle Rocha Costa (Autor), Jonas Casagranda Zanella (Autor), Aridone Borgonovo (Autor), Leonardo Alexandre Peyré-Tartaruga (Autor), Luiz Fernando Martins Kruel (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O voleibol é um esporte coletivo caracterizado por movimentos tecnicamente complexos, incluindo padrões de movimento curtos e explosivos, posicionamento rápido e ágil, saltos e bloqueios. A execução de ações contínuas do voleibol induz a desequilíbrios musculares e instabilidade articular que necessitam especial atenção. Neste contexto é de extrema importância, a comissão técnica das equipes de alto rendimento, avaliar os movimentos individuais dos atletas a fim de analisar o condicionamento atual do atleta e identificar possíveis déficits a serem melhorados. Assim, visando avaliar padrões de movimentos funcionais, o Functional Movement Screen (FMS) é um protocolo composto por sete padrões de movimento fundamentais que auxiliam na identificação de déficits funcionais relacionados a deficiências proprioceptivas, de mobilidade e estabilidade. OBJETIVO: Utilizar os sete padrões de movimento do Functional Movement Screen para analisar o perfil dos padrões de movimentos de atletas de elite do voleibol no início da pré temporada. MÉTODOS: Fizeram parte do estudo 22 atletas de voleibol da seleção brasileira masculina sub19. Os atletas foram avaliados pelos sete padrões de movimento do protocolo do FMS (Deep Squat, Hurdle Step, In-Line Lunge, Shoulder Mobility, Active Straight Leg Raise, Trunk Stability Push-Up e Rotary Stability). Cada padrão de movimento foi avaliado de maneira qualitativa e recebeu uma pontuação que variou de 0 a 3. Dos sete movimentos, cinco deles (Hurdle Step, In-Line Lunge, Shoulder Mobility, Active Straight Leg Raise e Rotary Stability) possuem pontuações para os lados direito e esquerdo. Onde pontuações diferentes entre os dois lados foram consideradas assimetrias. RESULTADOS: Os atletas apresentaram uma pontuação total média de 16.09 ± 1.97. Quatro atletas apresentaram um score total ≤14. Apenas um atleta obteve score 0 no movimento Shoulder Mobility do lado direito e 13 atletas apresentaram algum tipo de assimetria. Logo, o estudo concluiu que 82% dos atletas de alto nível apresentam pontuação ≥ 14, caracterizando um bom padrão de movimento geral e 59% dos atletas apresentam alguma assimetria, que se mostra associada a lesões. CONCLUSÃO: Desta forma, entende-se que a realização desta avaliação na pré-temporada pode ser um importante parâmetro para identificação de exercícios preventivos a serem prescritos ao longo da temporada, a fim de correções de assimetrias e possíveis prevenções de lesões.