Atletas de Excelência do Brasil
Por Ana Maria Miragaya (Autor), Diego Miragaya (Autor), Daniel Miragaya Ambrósio (Autor), Fabiano Pries Devide (Autor).
Parte de Atlas do Esporte no Brasil . páginas 339 - 340
Resumo
Maria Emma Hulda Lenk Zigler, mais conhecida como Maria Lenk, nasceu em 15 de janeiro de 1915, na cidade de São Paulo-SP. Filha de Paulo e Rosa Lenk, alemães chegados ao Brasil antes da I Guerra Mundial, e irmã de Sieglinde Lenk, também nadadora olímpica. Morava no bairro de Santana, próximo ao rio Tietê, onde iniciou a prática da natação por questões terapêuticas, incentivada pelo pai, professor da Associação Alemã de Ginástica na cidade em que moravam. Sua mãe encarregava-se da formação cultural das filhas, com a manutenção da língua materna, aulas de canto e piano. Incentivada à prática do esporte pelos pais, Maria se tornou uma nadadora olímpica em apenas um ano, após sua primeira competição, em 1931, na Associação Athletica São Paulo-AASP. Com espírito combativo, sujeitava-se aos treinamentos mais duros, com os homens, o que a estimulava a vencer suas adversárias. Começou a nadar no clube alemão Estrela, em 1930. Foi para a AASP após a inauguração de sua piscina, a primeira com medidas oficiais em São Paulo. Em 1931, junto com Marina Cruz, participou de uma competição interestadual na enseada de Botafogo. Com seus resultados, foi convocada para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1932. Autorizada pelo pai, aos 17 anos, tornou-se a primeira sul-americana a disputar os Jogos, sem resultados expressivos. Ingressou no Clube de Regatas Tietê - CRT em 1934, devido à recém inaugurada piscina olímpica, visando os Jogos de Berlim. As inovações no treinamento ficavam por conta de Carlos de Campos Sobrinho, o Carlitos, técnico do CRT e da equipe olímpica. Em 1936, após competições preparatórias, organizadas pela Liga de Esportes da Marinha-LEM, a Confederação Brasileira de Desportos-CBD escolheu quatro paulistas - Sieglinde Lenk, Eleonora Schmitt, Scylla Venâncio e Maria Lenk - para o revezamento 4 x 100 nado livre. Em Berlim, Maria Lenk foi semifinalista e retratada pela imprensa alemã como sendo a única mulher a nadar o estilo butterfly.