Atletas Paralímpicas Brasileiras: Esporte, Ensaios e Histórias

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Parte de Mulheres e Esporte no Brasil: Muitos Papéis, Uma única Luta . páginas 89

Resumo

Enquanto caminhava a passos curtos, com ajuda de sua bengala de quatro apoios na mão direita, empunhava a tocha, na mão esquerda. Fora incumbida de carregar o símbolo olímpico que representa a paz entre as nações durante a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio, 2016. No rosto esboçava um sorriso imensurável como de quem estaria viajando nas próprias lembranças de um passado muito próximo, mas já esquecido na memória de muitos1. Foi assim que aos 56 anos a ex-velocista, Márcia Malsar adentrou ao Estádio do Maracanã marcando presença em mais uma edição dos Jogos Paralímpicos. Pôde sentir novamente o aplauso da plateia, como ouviu em Nova York, 1984 ao subir por três vezes no pódio, ou ainda em Seoul, 1988. Márcia foi a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro Paralímpica, quando venceu a prova de 200 metros rasos na classe C6 (paralisados cerebrais).