Atrofia Muscular Esquelética. Modelos Experimentais, Manifestações Teciduais e Fisiopatologia
Por Rita Ferreira (Autor), Maria J. Neuparth (Autor), Antonio Ascensão (Autor), José Magalhães (Autor), José A. Duarte (Autor), Francisco Amado (Autor).
Em Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v. 4, n 3, 2004. Da página 94 a 111
Resumo
RESUMO A atrofia muscular esquelética tem-se constituído, nos últimos anos, como objecto de investigação, uma vez que se encontra associada a várias patologias, nomeadamente à insuficiência cardíaca, à sida, à sépsia, a algumas neoplasias, bem como, a alguns determinismos biológicos como o envelhecimento. No entanto, os mecanismos subjacentes às alterações morfológicas, bioquímicas e funcionais induzidas por esta entidade anatomopatológica permanecem, ainda, por esclarecer. Efectivamente, têm sido recentemente apresentadas algumas hipóteses, salientando- se as alterações no turnover proteico, no padrão de expressão das isoformas da miosina de cadeia pesada e na preponderância das vias metabólicas activadas. Adicionalmente, quer a diminuição do número de mionúcleos, quer a redução do domínio nuclear parecem ser fenómenos que acompanham o desenvolvimento da resposta atrófica. Neste sentido, vários estudos experimentais sugerem que a apoptose parece ter uma função importante na regulação destes acontecimentos. Dada a relevância e implicação clínica da atrofia muscular na capacidade funcional e, consequentemente, na qualidade de vida do ser humano, torna-se fundamental compreender de forma detalhada este processo. Como se desenvolve, de que forma se manifesta e quais os pontos chave da fisiopatologia da atrofia, são algumas das questões focadas neste trabalho. Palavras-chave: atrofia, apoptose, necrose, proteólise, proteínas de choque térmico.