Resumo

A freqüência da obesidade na infância e adolescência aumentou nos últimos anos. Essa situação tem preocupado a área da saúde, não só pelas conseqüências promovidas pela obesidade na população em geral, mas pela imposição de prejuízos biopsicossociais, ainda na infância. O tratamento é bastante complexo, pois sua causa é multifatorial, exigindo atenção interdisciplinar. O presente trabalho teve como objetivo relatar o papel do professor de educação física na equipe de atendimento ambulatorial de crianças e adolescentes obesos. A atividade física, depois da taxa metabólica basal, é considerada o segundo maior componente do gasto energético diário. Diversos estudos demonstraram que a atividade física associada ao controle alimentar leva a melhores resultados do que essas ações isoladas. O aumento da atividade física é muito benéfico no tratamento de crianças e adolescentes obesos, pois permite maior ingestão alimentar e auxilia a preservar a massa magra. Entretanto, o exercício físico deve ser adaptado às condições de excesso de peso e de crescimento ósseo. Além desses cuidados, o profissional depara-se com a dificuldade de manter crianças e adolescentes em programa de exercício regular. Desse modo, a prescrição do aumento de movimento corporal após a anamnese da rotina diária de cada paciente foi a solução encontrada para, inicialmente, colocá-los em contato com o próprio corpo. Paralelamente, o professor de educa- ção física auxilia a criança a encontrar um tipo de esporte que mais lhe agrade, dentro daqueles permitidos pelo seu excesso de peso e fase de crescimento. Geralmente, recomendam-se atividades que tenham baixo impacto, como nadar, caminhar e andar de bicicleta. O professor de educação física, como educador, deve fazer parte do atendimento multidisciplinar de crianças e adolescentes obesos. Palavras-chave: Educação física. Obesidade. Adolescência

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