Resumo

O esporte e as maneiras de ser esportivo constituem, sobretudo a partir do século XX, uma pedagogia corporal, evidenciando a importância dos modos de produzir o resultado esportivo operados nos entremeios do treinamento, modos estes que, ao longo de décadas, vão consolidando formas de jogar, formas de assistir, formas de participar, formas de competir: uma verdadeira alfabetização dos corpos e dos sentidos. Decorre daí a importância de se buscar compreender como as maneiras de treinar vão sendo conformadas na história recente do Brasil. Com essa intenção, a presente tese perscruta um conjunto de fontes bibliográficas específicas da área de Educação Física produzidas no Brasil no período de 1920 a 1968, destacadamente livros e periódicos especializados, buscando identificar continuidades e rupturas que caracterizam a definição do treinamento esportivo como um novo discurso especializado - uma nova disciplina acadêmica - fortemente engendrado nos parâmetros da ciência, sobretudo das biologias. 

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