Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar a autenticidade científica do teste de agilidade em
ziguezague para sua execução em cadeira de rodas. Para tanto, 20 indivíduos lesados medulares entre T10 e
L4 (divididos em dois grupos: G1 = 10 atletas e G2 = 10 sedentários) foram submetidos ao teste de agilidade
em ziguezague adaptado do Texas Fitness Test. O teste em ziguezague teve sua distância aumentada para 6,0
x 9,0 m, a fim de que pudesse ser realizado por indivíduos em cadeira de rodas. Primeiramente, foi testada a
objetividade do teste, avaliando-se a existência de diferenças significativas entre os resultados medidos por
três observadores diferentes através de análise de variância. Em seguida, foi testada a reprodutibilidade do
teste. Para isto, foi realizado um reteste com uma semana de descanso e calculado os coeficientes de
correlação intraclasses para cada grupo estudado, de atletas e sedentários. Para verificar-se a validade por
conteúdo do teste para esta população, cinco especialistas das áreas de avaliação física e de esporte adaptado
responderam a um questionário sobre a capacidade do teste em medir a agilidade de pessoas em cadeira de
rodas. Os resultados das análises estatísticas mostraram que tanto a objetividade quanto a reprodutibilidade do
teste foram excelentes para os dois grupos (reprodutibilidade: CCI = 0,96 para os atletas e 0,94 para os
sedentários; objetividade: F = 0,165 e p = 0,849 para os atletas; F = 0,000 e p = 1,000 para os sedentários). As
respostas dos questionários mostraram que 100% dos especialistas julgaram que o teste mede a agilidade em
cadeira de rodas, o que comprovou a validade do teste proposto. Dessa forma, foi verificada a autenticidade
científica do teste de agilidade em ziguezague para indivíduos em cadeira de rodas, embora, segundo os
especialistas, seja aconselhado que sempre sejam citadas as medidas da cadeira utilizada.

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