Resumo

O presente estudo analisou a hipotética relação hierárquica entre eficácia percepcionada, competência física e auto-estima global em basquetebolistas, bem como eventuais diferenças entre sexos e entre atletas com e sem deficiência. Analisámos também a influência do tempo de prática e da frequência de prática nos níveis de eficácia, de competência e de auto-estima global, em cada um dos grupos estudados. Os participantes foram 193 basquetebolistas, 59 do sexo masculino com deficiência física (32.80 ± 11.64 anos), 80 do sexo masculino sem deficiência física (21.48 ± 4.69 anos) e 54 do sexo feminino sem deficiência física (22.91 ± 3.11 anos), envolvidos em competições de nível nacional. Os resultados obtidos suportam a existência de uma organização hierárquica entre a eficácia percepcionada, a competência física avaliada através das autopercepções no domínio físico e a autoestima global. Foi igualmente confirmada a existência da autovalorização física como variável moderadora ou preditora entre as percepções da base e o topo do modelo, ou seja, entre as percepções no domínio físico e a auto-estima global. Esta relação apresenta um sentido negativo, ou seja, percepções fortes de competência e de eficácia não geram sentimentos fortes de confiança e de satisfação individual em outros contextos do dia-a-dia. Palavras-chave: auto-eficácia, confiança física, auto-estima, desporto adaptado

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