Resumo

A autoavaliação de saúde (AAS) representa uma importante medida para avaliar o nível de saúde e possui uma boa confiabilidade e validade para o contexto brasileiro. A AAS negativa tem sido um forte preditor de morbimortalidade e demonstra relação com comportamentos de risco. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar a prevalência da AAS negativa em universitários e sua associação com a atividade física, tempo sedentário e horas de sono. Esta dissertação é composta por três artigos, sendo o primeiro artigo o estudo de revisão sistemática, que abordou as prevalências e os fatores associados, bem como as características metodológicas dos artigos publicados sobre essa temática em universitários. O segundo artigo verificou a prevalência da AAS negativa e sua associação com os comportamentos de risco agregados (níveis insuficientes de atividade física, maior exposição ao tempo sedentário e tempo de sono não apropriado) em 1.110 universitários de uma instituição de ensino superior do estado de Minas Gerais, Brasil. E o último estudo, também empregando a mesma amostra, teve como objetivo examinar o efeito da substituição isotemporal da atividade física, do tempo sedentário e horas de sono em relação à AAS negativa em universitários. Em relação ao 1º artigo, foram revisados 19 artigos e observadas prevalências para a AAS positiva de 61,8% a 94,5% e para a AAS negativa foram de 3,4% a 38,2% em universitários de diferentes países. O desenho da pesquisa adotado em todos os estudos foi o transversal. Entre os estudos houve a aplicação de diferentes perguntas e opções de resposta para a AAS. Observou-se que ter alimentação inadequada, inatividade física no lazer, estresse elevado e ter queixas de saúde foram os fatores que mais se associaram a AAS negativa. No 2º artigo, a prevalências da AAS negativa entre os universitários foi de 47,3%, e mais da metade dos universitários apresentaram coocorrência de dois ou mais fatores de risco simultâneos. Foi associado com a AAS negativa os universitários com três fatores de risco (RP = 1,69; IC95% = 1,21 – 2,38). E por fim, no terceiro artigo, foi encontrado que a realocação de 10 minutos (OR = 0,979; IC95% = 0,968 – 0,991), 30 minutos (OR = 0,939; IC95% = 0,906 – 0,974) e 60 minutos (OR = 0,882; IC95% = 0,821 – 0,948) do tempo sentado pela prática de atividade física foi associada com menores chances AAS negativa entre os universitários. Conclui-se que entre os estudos de AAS em universitários foi mostrada amplitude na prevalência na AAS negativa em estudantes universitários de diferentes países e as características discriminaram a AAS foram relacionados os fatores sociodemográficos, psicossociais, comportamentais, do estilo de vida e de qualidade de vida. Houve elevada prevalência de AAS negativa entre os universitários da instituição de ensino superior e a coocorrência de três comportamentos de risco foram associados à AAS negativa. A substituição de 10, 30 ou 60 minutos de tempo sentado pela mesma quantidade de tempo em atividade física foi associado à redução da AAS negativa em universitários.

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