Resumo
Com o aumento da população idosa, o estudo de atividades que buscam proporcionar bem estar físico e psicológico é fundamental. Este trabalho teve como objetivo analisar as alterações e correlações entre autoconceito e capacidades físicas de idosos, com a prática da atividade física durante um ano. Participaram do estudo 130 sujeitos com idade de 60 a 88 anos (média 65,59 e +- 8,26), sendo 32,58% com diagnóstico médico de depressão, confirmado pela Escala de Depressão de Idosos (FIATORE e NELSON, 1996) por meio de Regressão Logística. Para a avaliação do Autoconceito foi utilizada a Escala Fatorial de Autoconceito (TAMAYO, 1981), e foram também realizadas avaliações referentes à força muscular, flexibilidade corporal, equilíbrio estático e dinâmico e resistência aeróbia. As medidas foram realizadas em quatro momentos; antes da intervenção, em intervalos de aproximadamente quatro meses e ao final de um ano. Para a análise dos dados foram utilizadas as seguintes análises estatísticas: Análise de Variância com nível de significância <0,05, Teste de Tukey e a Correlação de Pearson. Os resultados mostram que não houve alterações significativas das capacidades físicas. A ANOVA mostra melhoras significativas no autoconceito geral dos idosos, assim como nos fatores: segurança pessoal, atitude social, ético-moral, percepção da aparência física e receptividade social. Todas estas alterações foram verificadas no grupo de mulheres depressivas e mulheres não depressivas. Não foram encontradas diferenças no autoconceito dos homens depressivos. No grupo de homens não depressivos alterações significativas foram encontradas nos itens segurança pessoal e no autoconceito geral. Correlações entre autoconceito e capacidades físicas altamente significativas foram encontradas apenas no grupo depressivo masculino. Concluí-se que o programa de atividade física proporcionou a manutenção das capacidades físicas e melhorou significativamente o autoconceito dos idosos independente de serem.