Resumo

INTRODUÇÃO: Tendo em vista a atual ascensão dos esportes de aventura e dos diversos parâmetros psicológicos relacionados à essas práticas, faz-se necessário estudar como esses esportes, e seu risco inerente, são capazes de despertar distintas sensações e de que maneira isso pode influenciar a autoestima de seus praticantes.
OBJETIVO: Esse estudo teve o objetivo de avaliar os índices de autoestima em praticantes de rafting, kayak, montanhismo e paraquedismo, avaliando os índices e analisando as correlações entre os grupos.
METODOS: Para isso, foram analisados os perfis de 73 praticantes de esportes de aventura (rafting, kayak, montanhismo e paraquedismo), utilizando-se como instrumento a Escala de Autoestima de Rosenberg, na versão adaptada por Hutz. O teste estatístico adotado foi o Kruskal-Wallis, a normalidade dos dados foi testada através do teste de Shapiro Wilk e todas as análises foram realizadas no programa Statistical Package for the Social Sciences.
RESULTADOS: Foi possível constatar elevados índices de autoestima em todos os participantes avaliados, em especial nos paraquedistas, sugerindo que os esportes de aventura são capazes de influenciar no bem-estar psicológico e a saúde mental de seus praticantes.
CONCLUSÃO: Com os dados obtidos, concluímos que este estudo traz o fortalecimento do bem-estar psicológico por meio da prática dos esportes de aventura, contribuindo para melhor autoestima e maior entendimento dos aspectos relacionados aos praticantes destas modalidades, ainda pouco estudados cientificamente.

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