Autopercepção de Competência Profissional no Estágio Curricular Supervisionado em Educação Especial no Curso de Licenciatura de Educação Física
Por Gustavo Schiarolli (Autor), Nilton Munhoz Gomes (Autor), Jorge Both (Autor).
Em Caderno de Educação Física e Esporte v. 16, n 1, 2018. Da página 207 a 216
Resumo
O objetivo do estudo foi de analisar autopercepção da competência profissional de estudantes que realizaram o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) em Educação Especial no curso de Licenciatura de Educação Física. O estudo descritivo de corte transversal teve a amostra de 28 acadêmicos que estavam matriculados na disciplina de Estágio Curricular II ofertada no 4° ano do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Londrina. O instrumento de coleta de dados foi composto por questionário sociodemográfico e pela Escala de Autopercepção de Competência Profissional em Educação Física e Desportos. Para a análise dos dados estatísticos empregou-se o teste t e qui-quadrado para grupo único. Considerou-se no estudo o nível de significância de 95% (p<0,05). Os resultados evidenciaram que os estudantes estagiários (EE) demonstraram competência profissional apenas na habilidade de motivação. Além disso, os EE que apresentaram experiência prévia com pessoas com necessidades especiais apresentavam-se maiores índices de autopercepção de competência profissional nos assuntos relacionados a disciplina dos alunos e planejamento de atividades. Os EE que não tinham experiências na regência de classe se sentiam mais competentes nos assuntos disciplinares e de ação pedagógica, na dimensão conhecimentos e na avaliação global da competência profissional. Por fim, os EE que participavam de projetos de ensino eram mais críticos frente o indicador autorreflexão. Por fim, conclui-se que a autopercepção de competência profissional dos EE era baixa, sendo que a experiência de convivência com pessoas com necessidades especiais apresentou impacto positivo frente ao grupo investigado, enquanto que a experiência na regência de classe e participação de projetos de ensino favoreceu no surgimento do senso crítico frente à autopercepção de competência profissional.