Resumo

Introdução: A expectativa de vida da população brasileira tem crescido consideravelmente, assim é importante compreender o modo como a pessoa idosa tem percebido suas condições de saúde, para uma melhor qualidade de vida (QV). Objetivo: verificar a associação da autopercepção de saúde com a QV de idosas que praticam atividade física (AF) e analisar a correlação entre o tempo despendido em AF e a percepção de saúde. Método: Quantitativo, transversal e correlacional. Instrumentos: International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), World Health Organization Quality of Life – BREF e OLD, Sociodemográfico com a pergunta “De um modo geral, você se considera uma pessoa saudável?” e o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Foi realizado a análise descritiva das variáveis, teste de coeficiente de correlação ponto-bisserial e realização da regressão linear múltipla com significância de p<0,05. Resultados: houve uma boa percepção da QV e a percepção de saúde foi positiva na maioria da amostra. O IMC denunciou sobrepeso das participantes. Verificou-se a existência de correlação inversa no domínio Físico da QV geral, nas idosas com percepção negativa de saúde, sendo considerada uma correlação moderada (r=-0,436; p=0,00). Conclusão: Não houve significância estatística para associar a percepção de saúde com a QV, apesar da percepção de saúde delas ser positiva e o tempo de prática de AF semanal estar acima do recomendado pela OMS. Houve uma boa percepção da QV geral pelo grupo, porém, a correlação entre a prática de AF e do domínio Físico das idosas com percepção negativa de saúde foi inversa.

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