Autopercepção Positiva de Saúde de Indivíduos Octogenários Participantes de Grupos de Convivência
Por Rodrigo de Rosso Krug (Autor), Giovana Zarpellon Mazo (Autor), Ione Jayce Ceola Schneider (Autor), Susana Cararo Confortin (Autor), Marize Am-orim Lopes (Autor), Danielle Ledur Antes (Autor), Maruí Weber Corseuil Giehl (Autor), André Junqueira Xavier (Autor), Eleonora d’Orsi (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 22, n 1, 2017.
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados à auto-percepção positiva de saúde de octogenários participantes de gru-pos de convivência de Florianópolis. Estudo transversal com 343 idosos com 80 anos ou mais, de ambos os sexos, participantes de grupos de convivência. Aplicou-se um questionário em forma de entrevista face a face contendo dados sociodemográficos, econô-micos, autorrelato do estado de saúde, quedas, estilo de vida e o domínio de lazer do Questionário Internacional de Atividade Fí-sica. Para identificar os fatores associados à autopercepção positiva de saúde, utilizou-se regressão de Poisson, ajustada por variáveis sociodemográficas e econômicas, comportamentais, condições de saúde e quedas. A prevalência de autopercepção positiva de saú-de dos octogenários foi de 49,0% (IC95% = 44,0-54,0). Os fatores associados à autopercepção positiva de saúdeforam receber renda mensal maior que 6 salário mínimos (RP=1,39; IC95%=1,01-2,11), fumar atualmente (RP=1,75; IC95%=1,25-2,46), ser fisica-mente ativo no lazer (RP=1,33; IC95%=1,06-1,67), o autorrelato de artrite ou reumatismo (RP=0,55; IC95%=0,37-0,80), de dia-betes (RP=0,54; IC95%=0,37-0,79) e de doenças cardiovasculares (RP=0,71; IC95%=0,53-0,95), além de, fazer uso de medicamento (RP=0,74; IC95%=0,60-0,91). Assim, conclui-se que foram detec-tados alguns fatores modificáveis, tais como renda, tabagismo, ati-vidade física no lazer, uso de medicamento, que podem interferir na autopercepção positiva de saúde de octogenários participantes de grupos de convivência.