Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados à auto-percepção positiva de saúde de octogenários participantes de gru-pos de convivência de Florianópolis. Estudo transversal com 343 idosos com 80 anos ou mais, de ambos os sexos, participantes de grupos de convivência. Aplicou-se um questionário em forma de entrevista face a face contendo dados sociodemográficos, econô-micos, autorrelato do estado de saúde, quedas, estilo de vida e o domínio de lazer do Questionário Internacional de Atividade Fí-sica. Para identificar os fatores associados à autopercepção positiva de saúde, utilizou-se regressão de Poisson, ajustada por variáveis sociodemográficas e econômicas, comportamentais, condições de saúde e quedas. A prevalência de autopercepção positiva de saú-de dos octogenários foi de 49,0% (IC95% = 44,0-54,0). Os fatores associados à autopercepção positiva de saúdeforam receber renda mensal maior que 6 salário mínimos (RP=1,39; IC95%=1,01-2,11), fumar atualmente (RP=1,75; IC95%=1,25-2,46), ser fisica-mente ativo no lazer (RP=1,33; IC95%=1,06-1,67), o autorrelato de artrite ou reumatismo (RP=0,55; IC95%=0,37-0,80), de dia-betes (RP=0,54; IC95%=0,37-0,79) e de doenças cardiovasculares (RP=0,71; IC95%=0,53-0,95), além de, fazer uso de medicamento (RP=0,74; IC95%=0,60-0,91). Assim, conclui-se que foram detec-tados alguns fatores modificáveis, tais como renda, tabagismo, ati-vidade física no lazer, uso de medicamento, que podem interferir na autopercepção positiva de saúde de octogenários participantes de grupos de convivência.

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