Resumo

As pesquisas sobre a modulação autonômicavariabilidade da frequência cardíaca (VFC) mulheres portadoras de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) são raras e inconclusivas. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar em mulheres com SOP, com sobrepeso e obesidade grau I, a modulação autonômica da VFC por meio da análise espectral. Foram analisadas 20 voluntárias divididas igualitariamente em dois grupos SOP (n=10) e controle (CO, n=10), não fumantes e não usuárias de medicamentos. Foram realizadas dosagens séricas de glicemia e insulina em jejum, testosterona, prolactina e calculado o índice HOMA-IR. Os índices de Obesidade (IO) e de Massa magra (IMM) foram realizados por DEXA (absorciometria por Raio-X de dupla energia) e também medidas a circunferência da cintura (CC) e calculado o índice de relação cintura/estatura (RCest). Para a análise espectral da VFC, o registro da frequência cardíaca (FC) foi obtido por meio do eletrocardiograma, as voluntárias permaneceram 20 minutos (min.) em repouso na posição supina (S1) em uma mesa ortostática motorizada (Carci, Brasil); após este período foi adotada passivamente a posição de 90°- tilt (T) por 10 min. e finalizou-se o protocolo de 40 min. com o retorno à posição supina (S2) por mais 10 min. Na análise estatística, para as comparações intragrupo nas situações S1, T e S2 foi utilizado o teste de Friedman e para analisar o comportamento das variáveis intergrupos, o teste de Wilcoxon (nível e significância p<0,05). Observamos que a INJ apresentou valores elevados no grupo SOP (SOP:8,0 uUi/mL versus CO:3,9uUi/mL; p<0,006), e após o calculo do índice HOMA-IR, o grupo SOP apresentou media mais elevada em relação ao CO (SOP:1,8 nmol x μU/L versus CO:1,0 nmol x μU/L; p=0,01). Os resultados dos IO, IMM, CC e RCest não diferiram entre os grupos. A modulação autonômica mulheres com SOP com sobrepeso e obesidade I não apresentou alterado quando do grupo.

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