Avaliação da Coluna Vertebral: Relação Entre Gibosidade e Curvas Sagitais Por Método Não-invasivo
Por Dalva Minonroze Albuquerque Ferreira (Autor), Cíntia Girardi Fernandes (Autor), Marcela Regina Camargo (Autor), Célia Aparecida Stelluti Pachioni (Autor), Cristina Elena Prado Teles Fregonesi (Autor), Cláudia Regina Sgobbi de Faria (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 12, n 4, 2010.
Resumo
Os objetivos do estudo foram avaliar o alinhamento, no plano sagital, da coluna de indivíduos com alterações na medida da gibosidade, comparando com um grupo sem alterações; testar a confiabilidade do instrumento utilizado e verificar se existem correlações entre as medidas da gibosidade e os valores das curvaturas vertebrais. Foram avaliados 40 jovens, divididos em grupo controle – ausência ou presença de gibosidades inferiores a 0,5 cm na curvatura torácica e 0,7 cm na lombar (n=20) e, grupo experimental – gibosidades superiores às descritas (n=20). A gibosidade e as curvaturas no plano sagital foram mensuradas com um instrumento adaptado a um nível d’água e o teste de Adams. As coletas foram realizadas em duas datas distintas, nos dois grupos. Após aplicação do teste Mann-Whitney não foi encontrada diferença entre as ocasiões de coletas e, emparelhando-se os grupos, foi encontrada diferença apenas na medida cervical. Na verificação de existência de relação entre as medidas coletadas, foi encontrada correlação linear (Spearmann) no grupo controle – curvatura torácica e gibosidade torácica; em ambos os grupos – curvaturas torácica e lombar; e no grupo experimental – gibosidade torácica e as curvaturas lombar e sacral e, curvatura sacral e curvaturas torácica e lombar. Pôde-se concluir que a medida da gibosidade tem relações com as curvaturas no plano sagital. Por ser um método confiável, simples e acessível, pode ser reproduzido sem altos custos financeiros e sem causar prejuízo à saúde do paciente.