Avaliação da arginase sérica em mulheres com excesso de peso sob o efeito agudo do exercício físico – estudo exploratório
Por Ana Marice Teixeira Ladeia (Autor), Amâncio José de Souza (Autor), Jacqueline de Jesus Silva (Autor), Djeyne Silveira Wagmacker (Autor), Hiole Gonçalves Nolasco (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 20, n 3, 2021.
Resumo
A obesidade é uma condição multifatorial apresentando relação com a elevação de arginase sérica, favorecendo a disfunção endotelial. O exercício físico é fator protetor para homeostase do endotélio. Assim, conhecer se o nível de arginase é modificado por uma sessão de exercício físico é de suma importância. Objetivo: Verificar o nível de arginase sérica em mulheres com excesso de peso antes e após uma sessão de exercício físico e avaliar a associação entre o nível de arginase sérica e o IMC dessas pacientes. Métodos: Estudo exploratório, que utilizou a soroteca de um ensaio clínico randomizado, no qual mulheres sedentárias com idade entre 18 e 30 anos, IMC > 24,9 kg/m² foram incluídas. Excluídas mulheres com doenças que pudessem alterar os níveis de arginase. As voluntárias foram randomizadas para grupo intervenção - uma sessão de exercício de leve intensidade (GE) e grupo controle (GC). A arginase sérica de 11 mulheres do GC e 9 do GE foi dosada, antes e 24h após a intervenção. Análise dos dados foi realizada no programa SPSS 20 através do teste t de Student não pareado e Teste de Mann-Whitney. Significância estatística definida como p < 0,05. Resultados: O IMC das pacientes foi = 29 ± 4,7 kg/m². A análise intragrupo não demonstrou variação da arginase sérica antes e após a intervenção, bem como na comparação intergrupo através do delta de arginase. Não se observou correlação entre nível de arginase e IMC. Conclusão: Uma sessão de exercício físico não modificou os níveis de arginase sérica em mulheres com excesso de peso.