Avaliação da Autoestima em Deficientes Físicos Praticantes de Modalidades Esportivas
Por Oão Valter Gomes Neto (Autor), Romário Pinheiro Lustosa (Autor), Joaquim Huaina Cintra Andrade (Autor), Arthur Monteiro da Silva (Autor), Francisca Thalia Rodrigues Amorim (Autor), Franklin Willgson Alves do Vale (Autor), Paulo Roberto Melo de Castro Nogueira (Autor), Francisco Nataniel Macedo Uchôa (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: As deficiências físicas são consideradas alterações estruturais temporárias e/ou permanentes no corpo humano que comprometem a funcionalidade motora. A prática regular de atividade esportiva oportuna ao deficiente experimentar potencialidades contribuindo, deste modo, na qualidade de saúde e no desenvolvimento da autoestima sendo esta compreendida como o sentimento e/ou consideração que um indivíduo relaciona a si próprio em uma caracterização sociopsicológico positiva ou negativa. Objetivo: O presente estudo objetivou avaliar a autoestima de deficientes físicos praticantes de modalidades esportivas. Métodos: Estudo caracterizado em descritivo, transversal e com abordagem quantitativa realizado com 48 deficientes físicos de ambos os sexos, praticantes regulares de modalidades esportivas no período igual ou superior há seis meses e vinculados a Associação Cearense de Esporte Adaptado (ACEA) localizada na cidade de Fortaleza-CE. Foi utilizado como instrumento de coleta um questionário semiestruturado contendo 07 perguntas objetivando caracterizar a amostra e uma escala estruturada com 10 afirmações relacionadas a um conjunto de sentimentos de autoestima e autoaceitação. A amostra foi contemplada com 38 homens e 10 mulheres com idade média de 33,9 anos (±8,2) e 29,1 anos (±13,1), respectivamente. Destaca-se a relevância que a deficiência física foi caracterizada como adquirida em homens (28) e mulheres (8). Entretanto, considerando os tipos de deficiência foi identificada uma maior quantificação de sujeitos deficientes em ambos os sexos com amputação (M=10; F=4) e paraplegia (M=9; F=2). A modalidade esportiva mais praticada foi a natação (M=32; F= 6). Em ambos os sexos a adesão da prática esportiva como hábito inerente no cotidiano dos deficientes foi inserida após a adição da deficiência (M=22; F=7). Destaca-se que os dois públicos mostraram alta média de prática de esportes em anos (M=5,8 ± 6,9) e (F=2,7 ± 3,3), havendo maior tempo de prática entre os homens e consequente superioridade em relação a regularidade e assiduidade semanal (M=3,4 ± 1,2) e (F=2,6 ± 1,2). Contudo, o tempo em horas por sessão diária executada foi relativamente superior entre as mulheres (01:51:00 ± 00:56) em comparação aos homens (01:43:25 ± 01:04). Resultados: Os resultados relacionados a autoestima evidenciam que os sujeitos de ambos os sexos foram classificados com elevada autoestima (M=35,3 ± 4,1) e (F=34,4 ± 5,1). Entretanto, analisando isoladamente os dados, destaca-se que as mulheres apresentaram valores médios menores em comparação aos homens. Conclusao: Não houve diferenças significativas nos indivíduos praticantes de determinada modalidade esportiva ou portadores de uma deficiência específica apresentando, deste modo, proporcionalmente valores elevados de autoestima. Destaca-se que as mulheres apresentaram valores médios menores em comparação com os homens. Recomenda-se na condução de futuras pesquisas a inserção comparativa de deficientes físicos praticantes de esporte e não praticantes favorecendo, portanto, a exposição de resultados fidedignos.