Resumo

Introdução: As deficiências físicas são consideradas alterações estruturais temporárias e/ou permanentes no corpo humano que comprometem a funcionalidade motora. A prática regular de atividade esportiva oportuna ao deficiente experimentar potencialidades contribuindo, deste modo, na qualidade de saúde e no desenvolvimento da autoestima sendo esta compreendida como o sentimento e/ou consideração que um indivíduo relaciona a si próprio em uma caracterização sociopsicológico positiva ou negativa. Objetivo: O presente estudo objetivou avaliar a autoestima de deficientes físicos praticantes de modalidades esportivas. Métodos: Estudo caracterizado em descritivo, transversal e com abordagem quantitativa realizado com 48 deficientes físicos de ambos os sexos, praticantes regulares de modalidades esportivas no período igual ou superior há seis meses e vinculados a Associação Cearense de Esporte Adaptado (ACEA) localizada na cidade de Fortaleza-CE. Foi utilizado como instrumento de coleta um questionário semiestruturado contendo 07 perguntas objetivando caracterizar a amostra e uma escala estruturada com 10 afirmações relacionadas a um conjunto de sentimentos de autoestima e autoaceitação. A amostra foi contemplada com 38 homens e 10 mulheres com idade média de 33,9 anos (±8,2) e 29,1 anos (±13,1), respectivamente. Destaca-se a relevância que a deficiência física foi caracterizada como adquirida em homens (28) e mulheres (8). Entretanto, considerando os tipos de deficiência foi identificada uma maior quantificação de sujeitos deficientes em ambos os sexos com amputação (M=10; F=4) e paraplegia (M=9; F=2). A modalidade esportiva mais praticada foi a natação (M=32; F= 6). Em ambos os sexos a adesão da prática esportiva como hábito inerente no cotidiano dos deficientes foi inserida após a adição da deficiência (M=22; F=7). Destaca-se que os dois públicos mostraram alta média de prática de esportes em anos (M=5,8 ± 6,9) e (F=2,7 ± 3,3), havendo maior tempo de prática entre os homens e consequente superioridade em relação a regularidade e assiduidade semanal (M=3,4 ± 1,2) e (F=2,6 ± 1,2). Contudo, o tempo em horas por sessão diária executada foi relativamente superior entre as mulheres (01:51:00 ± 00:56) em comparação aos homens (01:43:25 ± 01:04). Resultados: Os resultados relacionados a autoestima evidenciam que os sujeitos de ambos os sexos foram classificados com elevada autoestima (M=35,3 ± 4,1) e (F=34,4 ± 5,1). Entretanto, analisando isoladamente os dados, destaca-se que as mulheres apresentaram valores médios menores em comparação aos homens. Conclusao: Não houve diferenças significativas nos indivíduos praticantes de determinada modalidade esportiva ou portadores de uma deficiência específica apresentando, deste modo, proporcionalmente valores elevados de autoestima. Destaca-se que as mulheres apresentaram valores médios menores em comparação com os homens. Recomenda-se na condução de futuras pesquisas a inserção comparativa de deficientes físicos praticantes de esporte e não praticantes favorecendo, portanto, a exposição de resultados fidedignos.

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