Avaliação da Força Muscular Abdominal e Paravertebral em Crianças e Adolescentes
Por Ana Beatriz Moreira de Carvalho Monteiro (Autor), Tiago Costa de Figueiredo (Autor), Erika Vidal do Nascimento (Autor), Arthur de Souza Vieira (Autor), Victor Valente Moraes (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A globalização e os avanços tecnológicos, associados a má alimentação, excesso de peso e inatividade física são fatores que podem contribuir para um estilo de vida não saudável. A força muscular é uma das valências físicas que tem grande impacto no desenvolvimento de crianças e adolescentes, logo, níveis adequados têm relevância para a preservação e desenvolvimento da estrutura mio-articular. Os músculos abdominais e paravertebrais possuem importante papel na manutenção da boa postura, equilíbrio e realização de atividades da vida diária, tendo em vista que a fraqueza dos mesmos pode gerar problemas posturais e lombalgias. A melhoria das funções muscular e articular pode contribuir para a correção precoce de desvios posturais na infância e na adolescência, favorecer o desempenho motor e reduzir lesões ao longo da vida. Porém, o número de estudos que avaliaram a força muscular abdominal e principalmente dos músculos paravertebrais em crianças e adolescentes brasileiros é escasso. Objetivo: Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o nível de força dos músculos abdominais e paravertebrais em crianças e adolescentes residentes na cidade do Rio de Janeiro - RJ. Materiais e Métodos: Foram avaliados 197 indivíduos com idade entre 5 e 17 anos, sendo 147 meninos e 50 meninas, através de dois testes de força da bateria FITNESSGRAM: 1) Teste de força de resistência abdominal, 2) Teste de força de extensão do tronco. Para análise dos dados foram utilizadas as frequências absolutas e relativas. Resultados: Os resultados demonstram a prevalência da Zona Não Saudável (ZNS) para força de resistência abdominal em 29% dos meninos e em 52% das meninas. Já na força de extensão do tronco foi encontrada uma prevalência de ZNS para 71% dos meninos e 66% das meninas. A prevalência para ZNS encontrada foi considerada elevada. Conclusão: Baseando-se nos dados acima, conclui-se que as crianças e adolescentes avaliados deveriam incorporar às suas rotinas, exercícios físicos com regularidade para haver melhora e manutenção não apenas nessa valência física avaliada, mas em outros componentes da aptidão física relacionada a saúde como a composição corporal, flexibilidade e aptidão cardiorrespiratória. Além disso, demais hábitos saudáveis devem ser acrescentados diariamente para haver uma possível conscientização da sua importância, o que possibilitaria uma manutenção da aptidão física até a fase adulta.