Avaliação da Lombalgia, Comprimento Muscular e Alterações na Lordose Lombar em Corredores
Por Barbara Vendramini Marchetti (Autor), Bruna Lima Selau (Autor), Fernanda da Silva Medeiros (Autor), Cláudia Tarragô Candotti (Autor).
Em Caderno de Educação Física e Esporte v. 13, n 1, 2015. Da página 69 a 78
Resumo
O objetivo do estudo foi verificar a relação entre tempo de prática da corrida de rua com a lombalgia, o encurtamento muscular e a postura da coluna lombar, e identificar se o tempo de prática influencia a postura da coluna lombar, o comprimento muscular de músculos extensores do quadril e da cadeia posterior. Trinta corredores de rua com idades entre 18 a 80 anos, divididos em três grupos (iniciantes, intermediários e avançados), foram avaliados quanto: à presença de lombalgia – a partir de um questionário; ao comprimento muscular de isquiotibiais – a partir da mensuração da amplitude de movimento (ADM) da flexão do quadril; ao comprimento muscular da cadeia posterior - mensuração da distância entre os dedos da mão e o solo; e ao ângulo da lordose lombar – utilizando o instrumento flexicurva. Os dados foram analisados por ANOVA one-way e pelo teste de correlação de Spearman (a<0,05). Não houve correlação entre queixa de dor e comprimento de isquiotibiais, comprimento da cadeia posterior e ângulo da lordose lombar. Foi encontrada correlação significativa entre comprimento de isquiotibiais e comprimento da cadeia posterior somente para o grupo intermediário. A literatura não apresenta consenso quanto à relação entre flexibilidade de isquiotibiais e lombalgia, bem como entre a queixa de dor lombar e o ângulo da coluna lombar, da mesma forma que o atual estudo. Verificamos que a prática da corrida não teve influência na dor e nos encurtamentos musculares, independentemente do tempo de prática.