Avaliação da pressão arterial de adolescentes de escolas públicas da cidade de São João dos Patos/MA
Por Amanda Bárbara Da Silva Guimarães (Autor), Marcos Alexandre Carvalho Torres (Autor), Joyce Freitas Noleto (Autor), Carlos José Moraes Dias (Autor), Marcos Antonio Do Nascimento (Autor), Gustavo De Sá Oliveira Lima (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A aferição da pressão arterial (PA) é classificada como um importante indicador da saúde cardiovascular. A investigação da PA pode fornecer indícios de doenças no sistema cardiovascular, em virtude disso, seu monitoramento é essencial em todas as fases da vida. OBJETIVO: Analisar a variação da pressão arterial em discentes de ambos os sexos do ensino médio de escolas públicas da cidade de São João dos Patos/MA. METODOLOGIA: Este é um estudo transversal, de cunho quali-quantitativo, tendo como participantes 207 alunos, meninos n=92 e meninas n= 115, devidamente matriculados em escolas de ensino médio da cidade de São João dos Patos/ MA. Para a avaliação do peso foi utilizado uma balança digital da marca Omron, com precisão de 1 grama. Para avaliar a estatura, foi utilizado o estadiômetro da marca Avanutri, com precisão de 1 cm. A pressão arterial sistólica (PAS, mmHg) e diastólica (PAD, mmHg) foram mensuradas após os alunos permanecerem por 5 minutos em repouso, foram realizadas 3 avaliações, sendo descartada a primeira avaliação e calculado a média entre as outras duas medidas. A mensuração foi realizada pelo método oscilométrico, utilizando o monitor automático de pressão arterial modelo HBP-1100, da marca Omron. Os resultados da PA foram classificados em <120/ <80 = normal, 121 a 129/ <80= elevada, 130 a 139/ até 89= hipertensão estágio I e >140/ 90= hipertensão estágio II. Os procedimentos seguiram as diretrizes atuais da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Após o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, os dados foram apresentados em média± desvio padrão. Para comparação dos valores da PAS e PAD entre os grupos (meninos e meninas) foi utilizado o test t de student não pareado; o teste de qui-quadrado de Pearson foi utilizado para associação da classificação da PA. O nível adotado de significância foi de p< 0,05. As análises foram realizadas no programa estatístico GraphPad Prism 8.0.1. RESULTADOS: A idade média dos participantes foi de 16±1,1 anos, peso (kg)= 57,2± 10,9, estatura (m) = 1,65± 0,09 e IMC (peso/metros2) = 21,1± 3,2. Os meninos apresentaram uma PAS média de 121± 11, já as meninas 113± 11, apresentando diferença ao comparar os dois grupos (p< 0,01). Os resultados da PAD foram, 67 ± 7 para os meninos e 66 ± 9 para as meninas, não demonstrando diferença na comparação entre os grupos (p>0,05). Em relação à classificação, respectivamente, dos meninos vs meninas, 51% vs 75% apresentaram PA normal; 28% vs 16% com PA elevada; 13% dos meninos e 8% das meninas com hipertensão arterial estágio I e por fim, 8% dos meninos vs 1% das meninas com hipertensão arterial estágio II. CONCLUSÃO: Com base nos resultados, pode-se concluir que houve uma variação entre os sexos, sendo mais elevado a PAS nos meninos. A classificação da PA também se demonstrou mais preocupante no grupo de meninos do que no de meninas, embora a maioria seja classificada como normal para ambos os sexos, em que percentuais relevantes se destacam acima da normalidade. A identificação e tratamento precoce da hipertensão arterial pode melhorar a qualidade de vida destes adolescentes e diminuir risco de hospitalizações e gastos futuros, pessoais e governamentais.