Avaliação da prevalência e fatores de risco para mobilização precoce em um hospital de urgências
Por Giulliano Gardenghi (Autor), Jefferson Petto (Autor), Isadora Oliveira Freitas Barbosa (Autor), Maristela Lúcia Soares Campos (Autor), Érika Letícia Gomes Nunes (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 23, n 1, 2024.
Resumo
A unidade de terapia intensiva recebe pacientes criticamente doentes, que necessitam de cuidados especializados e integrais. Comumente estes usuários permanecem restritos ao leito por tempo prolongado, ocasionando inatividade, imobilidade e disfunções osteomioarticulares severas. Objetivo: Analisar a prevalência, o grau de mobilidade e os fatores de risco para mobilização precoce em pacientes que estivessem do sétimo ao décimo dia de internação das unidades avaliadas. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo analítico de característica transversal. Para a execução da pesquisa, foi realizada a avaliação de segurança, e escala de mobilidade de Johns Hopkins, finalizando com a análise de condutas de mobilidade realizadas no dia da avaliação, ambos via prontuário. Resultados: 100 pacientes foram incluídos (idade: 58±18 anos, sexo: 65 masc). Com relação à realização de mobilização precoce, apenas 27% pôde ser caracterizada como tal. Os participantes que estavam em ventilação espontânea apresentaram percentual maior de mobilização (63%), quando comparados aos pacientes que estavam em ventilação mecânica invasiva (33,3%). 73% dos pacientes apresentavam classificação 1 (deitado) na escala de Johns Hopkins. Quanto maior o número de riscos, entre eles, sedação e tubo orotraqueal, menor o índice de mobilização. Conclusão: Uma porcentagem significativa dos pacientes não eram mobilizados. Quanto maior o número de riscos, menor o índice de mobilização. Não houve diferença nas taxas de mobilidade, considerando os diferentes diagnósticos. Logo, faz-se necessário um maior empenho em educação em saúde para os profissionais de reabilitação.