Avaliação da Qualidade de Vida de Pacientes Portadores de Feridas Crônicas Atendidos no Ambulatório de Cicatrização do Hospital Universitário de Sergipe
Por Thaynan Gonçalves da Silva (Autor), Ana Paula Lemos Vasconcelos (Autor), Evandra Valéria Coutinho Ramos (Autor), Jader Pereira de Farias Neto (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 9, n 3, 2017. Da página 1 a 13
Resumo
OBJETIVO: Avaliar a QV de pessoas portadoras de feridas crônicas atendidas no Ambulatório de cicatrização do Hospital Universitário de Sergipe (HU- UFS). MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratório-descritiva, com abordagem qualiquantitativa. A amostra do estudo foi constituída por 26 pacientes. Para a coleta de dados foram utilizados dois instrumentos: um questionário socioeconômico e das condições clínicas dos participantes, acrescido de uma questão referente à percepção destes sobre o impacto da ferida crônica em sua vida; o WHOQOL-bref, instrumento de avaliação da qualidade de vida desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde. Para análise dos dados foi utilizada uma ferramenta a partir do software Microsoft Excel e para a questão aberta utilizou-se a análise de conteúdo. RESULTADOS: A população do estudo, em sua maioria, é composta por pessoas do sexo feminino, com idade variando entre 50 e 59 anos, com baixa escolaridade e baixo poder aquisitivo, tendo as úlceras em membros inferiores como principal problema de saúde. Todos os domínios avaliados pelo WHOQOL-bref apresentaram um baixo escore, sendo a menor média observada no domínio físico e a maior no domínio relações sociais. A autoavaliação da QV foi classificada como nem ruim/nem boa. CONCLUSÕES: As feridas crônicas interferem negativamente na qualidade de vida de seus portadores e estão associadas ao isolamento social, ao déficit para o autocuidado, a autoimagem e o trabalho, a conflitos familiares e pessoais, o que acaba acarretando tanto danos físicos, quanto emocionais.