Resumo

OBJETIVO: Avaliar a QV de pessoas portadoras de feridas crônicas atendidas no Ambulatório de cicatrização do Hospital Universitário de Sergipe (HU- UFS). MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratório-descritiva, com abordagem qualiquantitativa. A amostra do estudo foi constituída por 26 pacientes. Para a coleta de dados foram utilizados dois instrumentos: um questionário socioeconômico e das condições clínicas dos participantes, acrescido de uma questão referente à percepção destes sobre o impacto da ferida crônica em sua vida; o WHOQOL-bref, instrumento de avaliação da qualidade de vida desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde. Para análise dos dados foi utilizada uma ferramenta a partir do software Microsoft Excel e para a questão aberta utilizou-se a análise de conteúdo. RESULTADOS: A população do estudo, em sua maioria, é composta por pessoas do sexo feminino, com idade variando entre 50 e 59 anos, com baixa escolaridade e baixo poder aquisitivo, tendo as úlceras em membros inferiores como principal problema de saúde. Todos os domínios avaliados pelo WHOQOL-bref apresentaram um baixo escore, sendo a menor média observada no domínio físico e a maior no domínio relações sociais. A autoavaliação da QV foi classificada como nem ruim/nem boa. CONCLUSÕES: As feridas crônicas interferem negativamente na qualidade de vida de seus portadores e estão associadas ao isolamento social, ao déficit para o autocuidado, a autoimagem e o trabalho, a conflitos familiares e pessoais, o que acaba acarretando tanto danos físicos, quanto emocionais.

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