Resumo

OBJETIVOS: Comparar a qualidade de vida dos idosos praticantes de Kendô com idosos fisicamente ativos não praticantes dessa luta e, secundariamente, comparar os aspectos funcionais desses grupos. MÉTODOS: Este é um estudo controlado, do tipo observacional, com delineamento transversal. Por ser um tema ainda não tratado na literatura internacional, optou-se por uma amostra de conveniência composta por 20 participantes (10 no Grupo Kendô e 10 no Grupo Controle). O tratamento estatístico escolhido correspondeu à análise não paramétrica com o teste U de Mann Whitney para comparação dos dados quantitativos e o teste de quiquadrado para a comparação dos dados qualitativos com nível de significância de 5%. Os grupos foram pareados por idade, sendo a principal variável estudada a exposição ou não ao Kendô. A avaliação da qualidade de vida foi medida através do instrumento WHOQOL-bref em conjunto com o WHOQOL-old. A composição corpórea foi medida em balança de bioimpedância (InBody230). O equilíbrio dinâmico foi medido na plataforma de força (Balance Master System da Neurocom International INC® Clackamas - USA). A força de flexo-extensão de joelhos foi medida no isocinético (Biodex® Stystem 3 modelo Biodex Multi Joint System, BIODEX); a força de preensão palmar foi medida no dinamômetro manual portátil (Jamar SH 5001). RESULTADOS: A qualidade de vida do grupo Kendô foi estatisticamente superior a do grupo Controle (p=0,002), principalmente nos domínios Físico (p=0,0001) e Meio-ambiente (p=0,004), assim como na faceta Participação Social (p=0,001) e Atividades Passadas, Presentes e Futuras (p=0,01). Os grupos não apresentaram diferença estatística quanto à caracterização sociodemográfica, composição corpórea, nível de atividade física, força e equilíbrio dinâmico, mas o grupo Controle foi mais rápido no teste sentar e levantar (p=0,03). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o Kendô aprimora a qualidade de vida dos lutadores, mesmo quando comparado com um grupo Controle funcionalmente superior

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