Avaliação da qualidade do sono em atletas universitários
Por Lívia Patrícia da Silva Nascimento (Autor), Otávio Augusto Monteiro da Silva (Autor), João Vitor Figueiredo Favacho (Autor), Marcus Vinícius Maia Lima Leal (Autor), Eliane Aragão da Silva (Autor), Higson Rodrigues Coelho (Autor), Renee de Caldas Honorato (Autor), Daniel Alvares Pires (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A qualidade do sono está relacionada a uma melhora da recuperação e desempenho, além da melhora geral em aspectos psicossociais, fisiológicos e cognitivos. No entanto, atletas estudantes estão propícios a diversos estressores que podem diminuir a qualidade do sono, como o horário de dormir e acordar, trabalhos de meio período e a própria rotina de treinos, fatores estes que afetam as capacidades de memória, resolução de problemas e desempenho acadêmicos. OBJETIVOS: Avaliar a qualidade do sono em atletas universitários e verificar o efeito das variáveis sexo e idade na percepção da qualidade do sono. MÉTODOS: A amostra do estudo foi composta por 123 atletas universitários com idade média de 22.4±3.91 anos. Os atletas foram divididos em 2 grupos relacionados ao sexo: feminino (n=46) e masculino (n=77). O mesmo procedimento foi realizado em relação à idade: grupo ≥21(n=79) e grupo ≤20(n=44). Os atletas responderam ao Questionário de Comportamento do Sono do Atleta (QCSA), versão traduzida para o português do Athlete Sleep Behavior Questionnaire. O QCSA é composto por 18 itens sobre a qualidade do sono que são respondidos por meio de uma escala do tipo Likert pontuada da seguinte forma 1=Nunca, 2=Raramente, 3=Às vezes, 4=Frequentemente e 5 =Sempre. A pontuação global do questionário é resultante da soma das 18 questões onde, escores gerais menores ou iguais a 36 indicam "bom comportamento de sono", escores entre 36 e 42 classificam o atleta com "comportamento de sono moderado", e acima de 42 representam "comportamento de sono ruim". RESULTADOS: De forma geral os atletas foram avaliados com 23,5%, 35% e 41,5% para os fatores "Bom", "Moderado" e "Ruim" respectivamente. Quanto à variável sexo, as mulheres foram avaliadas com 26,1%, 37% e 37% para os fatores "Bom", "Moderado" e "Ruim" respectivamente, enquanto os homens foram avaliados com 22,1%, 33,8% e 44,2% respectivamente, não havendo diferença significativa (p>0,05) e tamanho de efeito pequeno (V Cramer´s=0,07). Quanto à variável idade, o grupo ≥21 foi avaliado com 74,4%, 65,1% e 58,8% para os fatores "Bom", "Moderado" e "Ruim" respectivamente, enquanto o grupo ≤20 foi avaliado com 27,6%, 34,9% e 41,2% respectivamente, não havendo diferença significativa (p>0,06) e tamanho de efeito pequeno (V Cramer´s=0,1). CONCLUSÃO: Os atletas foram avaliados no geral como tendo uma qualidade do sono ruim. As variáveis sexo e idade não interferem na percepção da qualidade do sono.