Resumo

Em se tratando da população idosa, a avaliação do equilíbrio corporal é importante, pois possibilita a predição do risco de queda. Considerando que o equilíbrio sobrevém de diferentes fatores, sua avaliação exige a aplicação de diferentes instrumentos, o que traz vantagens e desvantagens para a avaliação. Os testes geralmente utilizados à detectação de alterações do equilíbrio estático e dinâmico não permitem o exame de sua regulação exteroceptiva e interoceptiva. O objetivo do presente estudo foi avaliar o equilíbrio corporal estático e dinâmico por meio do instrumento TEC, com ênfase na regulação exteroceptiva e interoceptiva. Também correlacionar os resultados do TEC com três escalas frequentemente utilizadas à avaliação do equilíbrio corporal de idosos ativos. Trata-se de um estudo transversal analítico, realizado com 32 nulheres (?60 anos), praticantes regulares de exercícios físicos. Os instrumentos utilizados foram: Escala do Equilíbrio de Berg (EEB), Timed Up and Go Test (TUG), Teste de Alcance Funcional (TAF) e o Teste de Equilíbrio Corporal (TEC). Os resultados da EEB atestaram para um risco de quedas de moderado a baixo, o TUG para independência funcional preservada e o TAF sem risco para quedas. O TEC apontou déficit à regulação interoceptiva do equilíbrio estático e dinâmico para todos os participantes, diferenciando os resultados entre sexagenárias e septuagenárias. Observou-se correlação significativa e moderada entre EEB e TEC (r=0,416; p=0,018) e significativa, moderada e negativa entre EEB e TUG (r=-0,427; p=0,013) e TEC e TUG (r= -345; p=0,013), já o TAF não se mostrou equivalente aos demais instrumentos. Concluí-se que o TEC é um teste eficiente à avaliação do equilíbrio corporal de idosos ativos, capaz de detectar o déficit com ênfase na regulação exteroceptiva e interoceptiva. Recomenda-se a utilização do TEC à avaliação do equilíbrio corporal e a predição do risco de queda, em associação com outros instrumentos.

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