Resumo
Com o intuito de conhecer o comportamento eletromiográfico da musculatura lombopélvica em lutadores de jiu-jitsu com e sem dor lombar e a influência da analgesia no sinal eletromiográfico foram elaborados dois artigos. No primeiro artigo foram avaliados 18 lutadores de jiu-jitsu, sendo 6 lutadores sem dor e 12 lutadores com dor lombar foi realizada a avaliação eletromiográfica com a finalidade de conhecer a sequência de ativação da musculatura lombopélvica buscando determinar diferenças entre os grupos. Posteriormente apenas os 12 lutadores com dor foram randomizados aleatoriamente em dois grupos: grupo TENS e grupo manipulação da coluna vertebral. Neste momento foi avaliado o efeito de ambas as técnicas no alívio da dor e na manifestação da sequência de ativação lombopélvica. No segundo artigo foi realizado um ensaio clínico randomizado com o objetivo de verificar o efeito imediato e após 10 sessões de aplicação das técnicas analgésicas no alívio da dor, na incapacidade funcional e na atividade muscular lombopélvica de lutadores de jiu-jitsu com dor lombar crônica, que foram divididos em dois grupos com seis lutadores em cada grupo: TENS e TENS associado a manipulação lombar. Em ambos os artigos a aplicação da TENS foi realizada no modo acupuntura por 20 minutos e a manipulação da coluna lombar realizada por uma fisioterapeuta especialista na técnica. Para avaliação da dor foi aplicada a escala visual analógica e para obtenção do sinal eletromiográfico foi utilizado um aparelho de 8 canais (Modelo: EMG830C, EMG System do Brasil Ltda, São José dos Campos, São Paulo, Brasil), posicionado sobre os eretores espinhais ao nível de L1, glúteo máximo e bíceps femoral do membro inferior dominante. No primeiro artigo concluímos que existe diferença na sequência de ativação entre lutadores com e sem dor lombar porém o alívio da dor não foi suficiente para modificar a sequência de ativação dos músculos lombopélvicos no grupo com dor. No segundo artigo verificamos que a associação das duas técnicas foi capaz de manter o alívio da dor durante o período estudado e com relação a atividade muscular lombopélvica, no grupo TENS associada a manipulação houve diminuição da ativação muscular dos eretores espinhais e maior ativação de glúteo máximo durante o teste de extensão do quadril, porém não significativos.