Resumo

Introdução: O envelhecimento vem sendo associado a diversas perdas nas capacidades física e mental e a prática de exercícios físicos se mostra de grande relevância nesse processo. O treinamento concorrente (exercícios de força e aeróbio na mesma sessão) vem sendo apontado como uma estratégia efetiva no aumento das capacidades físicas e funcionais de Objetivo: Avaliar se o treinamento concorrente promove melhora no desempenho cognitivo de idosas. Método: A amostra foi composta por 5 idosas, faixa etária 66,0±7,1 anos, pertencentes a classe socioeconômica C (80%), Mini-exame de estado mental 22,8±2,5 e livres de limitações físicas que comprometessem a prática de exercícios físicos. O treinamento concorrente ocorreu por 12 semanas, três sessões semanais de 60 minutos de duração (10 minutos para aquecimento/ relaxamento, 20 minutos de treinamento aeróbio - caminhada e “trote” alternados e 30 minutos de treinamento de força - 7 exercícios, duas séries de 15-20 repetições). A memória incidental, imediata e tardia foi avaliada pelo teste de aprendizagem de figuras enquanto que a flexibilidade mental e o controle inibitório pelo teste de Trilhas. Para a análise dos dados foi utilizado o teste T de Student com o auxilio do programa Bioestat - versão 5.3, sendo admitido nível de significância de p<0,05. Resultados: Tanto no teste de aprendizagem e memória (incidental, imediata 1 e 2, tardia e reconhecimento) como no teste de trilhas A e B, não foram observadas diferenças em relação aos momentos pré e pós-tratamento (TABELA 1). Estudos tem evidenciado a contribuição do exercício físico aeróbio na melhora do desempenho cognitivo em idosos, especulando a maior oferta de oxigênio e nutrientes como fatores relacionados a tais resultados. Por outro lado, outros estudos mostram que as capacidades físicas e funcionais são mais bem estimuladas com o treinamento de força associado ao treinamento aeróbio. Dada à importância dos estímulos motores adequadas para idosos, há necessidade de novos estudos com a utilização de outros testes cognitivos para assegurar que o treinamento concorrente não exerce, de fato, qualquer melhora no desempenho cognitivo em idosos.
TABELA
Conclusão: O treinamento concorrente por 12 semanas não se mostrou eficiente em alterar tanto a memória como a flexibilidade mental de idosas.

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